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Beijos, Super Ane
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Universidades e escolas de diversos Estados retomaram às aulas nesta segunda-feira (17) após a prorrogação das férias. O início das aulas foi adiado para tentar conter o avanço da gripe suína --a gripe A (H1N1). No país, o número de mortes já chega a 384, segundo dados do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais.
No retorno, estudantes trocaram beijos e abraços, contrariando alertas das autoridades de saúde para evitar a doença. Colégios abriram portas e janelas e oferecem álcool em gel aos alunos.
Veja alguns relatos enviados à Folha Online sobre o início das aulas no país em meio à pandemia da gripe suína:
"Sou professora de educação infantil e mãe de adolescente e acho muita incoerência cancelar todos os eventos da cidade e retornar as aulas onde todos ficam mais expostos a H1N1. Porque não começar as aulas dia 1º de setembro. O Ministério da Educação esta cedendo as pressões de quem? Escolas particulares, pais que não se preocupam com os filhos? Estou indignada com essa atitude do governo"
Carla Andrea Carvalho Santos, Uberlândia (MG)
"Trabalho na mesma escola da professora Elisa Freitas e notei que a maioria dos alunos estão inseguros,bem como muitos professores, mas o Estado não nos preparou adequadamente para orientá-los. O risco da contaminação escolar fortalecer a corrente de disseminação da pandemia é eminente e, desprovidos das condições favoráveis para enfrentá-lo, a escola se apresenta como um local de vulnerabilidade real. Essa situação pede responsabilidade de todos os envolvidos"
Professor Clóvis José Migotto, São José dos Campos (SP)
"Seria mais prudente ter esperado mais um pouco pelo menos na região onde moro. Está chovendo desde segunda-feira e frio. Se as pessoas não pegarem o vírus da gripe A (H1N1) e bem provável que peguem uma boa gripe, pois o tempo chuvoso aumenta a possibilidade. Fica complicado ficar com tudo aberto na sala de aula, pois quando não e o vento, é a chuva molhando pelas janelas"
Silvia Rodrigues Gonçalves, Jaguapitã (PR)
"Os professores poderiam ter sido convocados antes do término do afastamento para orientações e para auxiliarem nas medidas. Não foram. Alunos com gripe entraram na escola e somente foram retirados já dentro da sala de aulas. Muito embora estejamos tratando de uma questão de saúde pública, a direção da escola prefere gastar o tempo de forma integral com assuntos secundários para esta circunstância"
Cicero André de Castro Jardim, Presidente Prudente (SP)
"Acho um completo absurdo a Secretaria de Educação de Niterói liberar as aulas para crianças de 3 e 4 anos em escolas regulares. As crianças se beijam e abraçam todo o tempo. Para elas isso é muito natural e apesar do professor lavar as mãozinhas dos alunos com sabonete líquido na entrada (não há álcool gel nas salas)"
Vanessa, Niterói (RJ)
"No primeiro dia de retorno às aulas, não mandei minha filha para a escola porque eu não sabia ao certo quais as precauções que foram tomadas. Ontem, dia 18/07, tive que mandá-la a escola, pois pensamos assim: a vida continua.... Na escola onde minha filha estuda, que é da rede estadual --onde nos banheiros não havia papel higiênico, toalhas de papel e nem ao menos sabonete para as crianças lavarem as mãos--, eles colocaram papel higiênico, toalhas de papel e sabão. Nas salas de aulas, onde as crianças se sentavam juntas, agora estão individuais. Há álcool gel na sala, mas eu mando um potinho pela minha filha, assim como lenço de papel também"
Patrícia M de Araújo, São Paulo (SP)
"No Colégio Solução (zona leste - Jd. Eliane) a volta às aulas foi tranquila, a escola estava equipada para atender as orientações da OMS, porém encontramos dificuldades com a utilização do álcool em gel. Apesar das orientações da equipe pedagógica, os alunos estavam enchendo copos descartáveis com o produto, desperdiçando-o".
Daniela Maia, São Paulo (SP)
"A escola possui um total de 2.000 alunos proveniente das diferentes regiões de São José dos Campos. Já temos oito alunos com suspeita de gripe. E é impossível não haver foco de contaminação, porque a escola não está devidamente equipada com aquilo que é essencial. Há muita desinformação".
Elisa Pinheiro de Freitas, São José dos Campos (SP)
"Pouco adiantou tanta divulgação e recomendação por parte dos órgãos públicos, como servidor público da educação, vejo ao meu lado muitos casos que crianças/adolescentes brincam com a realidade da doença, sejam tossindo um ao outro, ou contrariando a informação passada pelos docentes".
João Carlos Andreotti Junior, São Paulo (SP)
"Faço faculdade Metodista Izabela Hendrix, e foi uma das poucas faculdades que não adiou as aulas, o retorno foi dia 3 como já estava previsto. Porém, voltou tomando medidas de precaução como por exemplo bebedouros lacrados, limpeza em excesso, orientação aos estudantes"
Michele, Belo Horizonte (MG)
"Tenho um filho na creche municipal onde as crianças deverão a cada dia levar uma toalhinha para secar as mãos após lavar e passar álcool, sendo 1 toalha por dia"
Adriana, Itapecerica da Serra (SP)
"O Estado de São Paulo é uma vergonha! Salas lotadas, alunos praticamente encostados um no outro, professores desorientados, falta material, não tem papel toalha e muito menos sabonetes nos banheiros. Minha filha não retorna de jeito nenhum".
Nadia Goes, Campinas (SP).
"Sou Bibliotecária em uma Escola Católica. Cheguei ao colégio e vi um deserto. Ausência de vozes, sorrisos, brincadeiras e correrias. Um silêncio que me fez parar e ter vontade de gritar! Onde estão os meus alunos? A doença é tão cruel que nos impede de manifestar o amor. Não existe mais beijos nem abraços. A escola é alegria. Para mim hoje é uma tortura. Durante as férias preparei tantos livros para contar. Hoje os personagens das histórias choram junto comigo.Onde estão meus alunos?"
Fabiola Gomes de Aquino Manhães Pessanh Layber, Campos dos Goytacazes (RJ)
"Sou professora da rede estadual e, na minha escola temos nos virado como podemos. A diretora precisa fazer milagres. O único álcool que temos é o comum ( acho que 96º) e sabonete líquido no banheiro, mais nada. Falamos para os alunos sobre a importância da prevenção e nos vemos de mãos atadas. Muitos pais, inclusive, mandam seus filhos com gripe pra escola. Estamos nas mãos do homem lá de cima. Tenho levado álcool 70º da minha casa, pra tentar, pelo menos, dar uma chance para os meus alunos evitarem essa gripe.
Será que nossos governantes estão preocupados com isso tudo?"
Marcia Nunes, Mafra (SC)
"Na escola particular que minhas filhas estudam, as crianças estão sendo orientadas a utilizar regularmente o álcool gel, que está disponível nos banheiros e corredores, assim como próximo à cantina. Também pedem que as crianças lavem as mãos e higienizem-se antes e depois de usar o parque. A limpeza da sala de aula tem sido feita regularmente usando-se o álcool nas mesas e cadeiras, e pano molhado com sabão no chão ao menos um dia sim, outro não. Também não permitem alunos gripados em sala de aula, tendo sido preparado dias e horários especiais para reposição nesses casos. Estou satisfeita com as medidas tomadas e tenho certeza de que minhas crianças estão seguras no ambiente escolar"
Daniela Cristina Borges Leite
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.
Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
No retorno, estudantes trocaram beijos e abraços, contrariando alertas das autoridades de saúde para evitar a doença. Colégios abriram portas e janelas e oferecem álcool em gel aos alunos.
Veja alguns relatos enviados à Folha Online sobre o início das aulas no país em meio à pandemia da gripe suína:
"Sou professora de educação infantil e mãe de adolescente e acho muita incoerência cancelar todos os eventos da cidade e retornar as aulas onde todos ficam mais expostos a H1N1. Porque não começar as aulas dia 1º de setembro. O Ministério da Educação esta cedendo as pressões de quem? Escolas particulares, pais que não se preocupam com os filhos? Estou indignada com essa atitude do governo"
Carla Andrea Carvalho Santos, Uberlândia (MG)
"Trabalho na mesma escola da professora Elisa Freitas e notei que a maioria dos alunos estão inseguros,bem como muitos professores, mas o Estado não nos preparou adequadamente para orientá-los. O risco da contaminação escolar fortalecer a corrente de disseminação da pandemia é eminente e, desprovidos das condições favoráveis para enfrentá-lo, a escola se apresenta como um local de vulnerabilidade real. Essa situação pede responsabilidade de todos os envolvidos"
Professor Clóvis José Migotto, São José dos Campos (SP)
"Seria mais prudente ter esperado mais um pouco pelo menos na região onde moro. Está chovendo desde segunda-feira e frio. Se as pessoas não pegarem o vírus da gripe A (H1N1) e bem provável que peguem uma boa gripe, pois o tempo chuvoso aumenta a possibilidade. Fica complicado ficar com tudo aberto na sala de aula, pois quando não e o vento, é a chuva molhando pelas janelas"
Silvia Rodrigues Gonçalves, Jaguapitã (PR)
"Os professores poderiam ter sido convocados antes do término do afastamento para orientações e para auxiliarem nas medidas. Não foram. Alunos com gripe entraram na escola e somente foram retirados já dentro da sala de aulas. Muito embora estejamos tratando de uma questão de saúde pública, a direção da escola prefere gastar o tempo de forma integral com assuntos secundários para esta circunstância"
Cicero André de Castro Jardim, Presidente Prudente (SP)
"Acho um completo absurdo a Secretaria de Educação de Niterói liberar as aulas para crianças de 3 e 4 anos em escolas regulares. As crianças se beijam e abraçam todo o tempo. Para elas isso é muito natural e apesar do professor lavar as mãozinhas dos alunos com sabonete líquido na entrada (não há álcool gel nas salas)"
Vanessa, Niterói (RJ)
"No primeiro dia de retorno às aulas, não mandei minha filha para a escola porque eu não sabia ao certo quais as precauções que foram tomadas. Ontem, dia 18/07, tive que mandá-la a escola, pois pensamos assim: a vida continua.... Na escola onde minha filha estuda, que é da rede estadual --onde nos banheiros não havia papel higiênico, toalhas de papel e nem ao menos sabonete para as crianças lavarem as mãos--, eles colocaram papel higiênico, toalhas de papel e sabão. Nas salas de aulas, onde as crianças se sentavam juntas, agora estão individuais. Há álcool gel na sala, mas eu mando um potinho pela minha filha, assim como lenço de papel também"
Patrícia M de Araújo, São Paulo (SP)
"No Colégio Solução (zona leste - Jd. Eliane) a volta às aulas foi tranquila, a escola estava equipada para atender as orientações da OMS, porém encontramos dificuldades com a utilização do álcool em gel. Apesar das orientações da equipe pedagógica, os alunos estavam enchendo copos descartáveis com o produto, desperdiçando-o".
Daniela Maia, São Paulo (SP)
"A escola possui um total de 2.000 alunos proveniente das diferentes regiões de São José dos Campos. Já temos oito alunos com suspeita de gripe. E é impossível não haver foco de contaminação, porque a escola não está devidamente equipada com aquilo que é essencial. Há muita desinformação".
Elisa Pinheiro de Freitas, São José dos Campos (SP)
"Pouco adiantou tanta divulgação e recomendação por parte dos órgãos públicos, como servidor público da educação, vejo ao meu lado muitos casos que crianças/adolescentes brincam com a realidade da doença, sejam tossindo um ao outro, ou contrariando a informação passada pelos docentes".
João Carlos Andreotti Junior, São Paulo (SP)
"Faço faculdade Metodista Izabela Hendrix, e foi uma das poucas faculdades que não adiou as aulas, o retorno foi dia 3 como já estava previsto. Porém, voltou tomando medidas de precaução como por exemplo bebedouros lacrados, limpeza em excesso, orientação aos estudantes"
Michele, Belo Horizonte (MG)
"Tenho um filho na creche municipal onde as crianças deverão a cada dia levar uma toalhinha para secar as mãos após lavar e passar álcool, sendo 1 toalha por dia"
Adriana, Itapecerica da Serra (SP)
"O Estado de São Paulo é uma vergonha! Salas lotadas, alunos praticamente encostados um no outro, professores desorientados, falta material, não tem papel toalha e muito menos sabonetes nos banheiros. Minha filha não retorna de jeito nenhum".
Nadia Goes, Campinas (SP).
"Sou Bibliotecária em uma Escola Católica. Cheguei ao colégio e vi um deserto. Ausência de vozes, sorrisos, brincadeiras e correrias. Um silêncio que me fez parar e ter vontade de gritar! Onde estão os meus alunos? A doença é tão cruel que nos impede de manifestar o amor. Não existe mais beijos nem abraços. A escola é alegria. Para mim hoje é uma tortura. Durante as férias preparei tantos livros para contar. Hoje os personagens das histórias choram junto comigo.Onde estão meus alunos?"
Fabiola Gomes de Aquino Manhães Pessanh Layber, Campos dos Goytacazes (RJ)
"Sou professora da rede estadual e, na minha escola temos nos virado como podemos. A diretora precisa fazer milagres. O único álcool que temos é o comum ( acho que 96º) e sabonete líquido no banheiro, mais nada. Falamos para os alunos sobre a importância da prevenção e nos vemos de mãos atadas. Muitos pais, inclusive, mandam seus filhos com gripe pra escola. Estamos nas mãos do homem lá de cima. Tenho levado álcool 70º da minha casa, pra tentar, pelo menos, dar uma chance para os meus alunos evitarem essa gripe.
Será que nossos governantes estão preocupados com isso tudo?"
Marcia Nunes, Mafra (SC)
"Na escola particular que minhas filhas estudam, as crianças estão sendo orientadas a utilizar regularmente o álcool gel, que está disponível nos banheiros e corredores, assim como próximo à cantina. Também pedem que as crianças lavem as mãos e higienizem-se antes e depois de usar o parque. A limpeza da sala de aula tem sido feita regularmente usando-se o álcool nas mesas e cadeiras, e pano molhado com sabão no chão ao menos um dia sim, outro não. Também não permitem alunos gripados em sala de aula, tendo sido preparado dias e horários especiais para reposição nesses casos. Estou satisfeita com as medidas tomadas e tenho certeza de que minhas crianças estão seguras no ambiente escolar"
Daniela Cristina Borges Leite
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.
Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
Fonte: Folha Online
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