Um estudo publicado pela revista científica “Science” intrigou os biólogos de todo o mundo. De acordo com o artigo, deixar de queimar propositalmente as florestas tropicais, savanas e áreas agrícolas pode aumentar o aquecimento global em 19%.
Com isso, o Brasil segue junto com a Malásia e Indonésia entre os países que mais precisam avançar em políticas públicas que controlem o fogo deliberado. Os números dos cientistas revelam onde estão as fontes de queimadas que mais lançam gases de efeito estufa. Entre 1997 e 2006, os trópicos asiáticos contribuíram com 54% das emissões. Dos trópicos americanos, principalmente da Amazônia, saíram 32%. A África vem em último com a contribuição de 14%.
“O Brasil está entre os países que mais poluem a atmosfera e de forma impressionante aproximadamente 80% dos gases poluentes lançados são oriundos de queimadas realizadas principalmente na Amazônia, Cerrado e Caatinga”, explica o biólogo e tutor do Portal Educação Carlos Lehn.
No Brasil, o estado de Mato Grosso, com sua área pertencente à Amazônia, possui a maior intensidade de focos de calor do planeta. Entre 2000 e 2005, segundo um estudo americano publicado em 2006, Mato Grosso tinha duas vezes mais queimadas que qualquer outra região do mundo. Segundo a cientista americana, durante uma seca extrema, 39 mil quilômetros quadrados da Amazônia (15% da área do Estado de São Paulo) entraram em combustão.
Na América Latina os países gastam muito dinheiro para combater as queimadas. Mais seca e por isso mais inflamável, os custos ficaram em US$ 12,5 bilhões –pouco menos que os US$ 13,4 bilhões dados pelo governo americano para socorrer a montadora GM.
Fonte: Assessoria de Imprensa - Portal Educação
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