sábado, 1 de agosto de 2009

Gestação e Diabetes


O Diabetes ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente para metabolizar a glicose no sangue e nos órgãos. O diabetes também pode decorrer da resistência do organismo à ação da insulina.

Existem vários tipos de diabetes, e o Diabetes Gestacional é apenas um deles. As duas principais características deste tipo de diabetes são (1) o fato de ocorrer em gestantes e (2) desaparecer assim que a gravidez termina. Contudo, mulheres que tiveram diabetes gestacional possuem um risco maior para desenvolver Diabetes Melito mais tarde.

A gestação altera o modo como o corpo produz e reage à insulina. No começo da gravidez, a produção de insulina aumenta e os tecidos corporais se tornam bastante receptivos à insulina. O objetivo desta adaptação é captar a glicose da circulação, fazendo uma reserva de combustível que será utilizado nas etapas finais da gravidez.

À medida que a gravidez prossegue, a placenta produz hormônios com efeitos opostos aos da insulina, convertendo o combustível armazenado de volta em açúcar.

Se tudo funcionar corretamente, o corpo transformará parte dos alimentos ingeridos em reservas de combustíveis. Durante os períodos de jejum, a placenta mantém os níveis de glicose e o ritmo de desenvolvimento do bebê estáveis, queimando pequenas porções da glicose armazenada.

O Diabetes Gestacional raramente causa aqueles sintomas típicos de outras formas de diabetes, tais como sede excessiva ou aumento na produção de urina. Na maioria das mulheres, o diabetes gestacional não produz qualquer manifestação suspeita – e justamente aí mora o grande risco deste distúrbio.

O exame para detecção do diabetes gestacional (chamado Glicemia de Jejum) faz parte da rotina no pré-natal. Mais tarde, por volta da 24ª-28ª semana, este exame pode ser repetido – ou até mesmo antes, caso seu médico acredite que você possui um risco aumentado para a doença.

No sangue colhido em jejum de 8 horas, níveis de glicose no acima de 126 mg/dL significam Diabetes. Se o sangue for colhido em qualquer horário do dia, independente da última refeição realizada, o nível de glicose necessário para diagnóstico do diabetes sobe para 200 mg/dL.

Com o tratamento adequado e um bom controle dos níveis de açúcar no sangue, você e seu bebê se manterão saudáveis e a gravidez irá transcorrer sem maiores problemas. Se não for corrigido, o diabetes pode aumentar o risco de várias complicações relacionadas ao bebê e à mãe.

Riscos para o Bebê

  • Excesso de crescimento: a glicose extra pode atravessar a placenta e fazer com que o bebê cresça demais. Bebês muito grandes podem ter dificuldade em passar pelo canal do parto e possuem um risco maior para fraturas durante o nascimento. Na tentativa de preservar a saúde da mãe e do bebê, costuma-se optar pela cesariana nestes casos.
  • Redução dos níveis de açúcar: alguns bebês de mães com diabetes gestacional podem apresentar queda dos níveis de açúcar logo após o nascimento. Isso ocorre porque sua produção de insulina foi adaptada para os altos níveis de glicose da mãe, que atravessavam a placenta e estimulavam o pâncreas do feto. A alimentação imediata e, se necessário, a administração de glicose endovenosa é capaz de controlar este problema.
  • Síndrome da Angústia Respiratória: o diabetes gestacional pode resultar em parto prematuro. Bebês nascidos prematuros possuem um risco maior para vários problemas respiratórios, em especial a Síndrome da Angústia Respiratória. Alguns recém-nascidos afetados pela Síndrome necessitam ser colocados em aparelhos que ajudam a manter o padrão respiratório estável até que os pulmões sejam capazes de fazer o trabalho sozinhos.
  • Icterícia: consiste na coloração amarelada da pele e dos olhos. No recém-nascido, a icterícia pode ocorrer quando o bebê não está maduro o suficiente para metabolizar uma substância natural do corpo chamada bilirrubina. Apesar da icterícia do recém-nascido não ser um problema grave na maioria dos casos, é importante acompanhar estas crianças de perto.
  • Diabetes Melito: bebês nascidos de mães com diabetes gestacional apresentam um risco maior para diabetes melito mais tarde em suas vidas.

Riscos para a Mãe

  • Aumento da pressão arterial: o diabetes gestacional aumenta o risco para Pré-Eclâmpsia, um distúrbio caracterizado pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteínas em excesso na urina após a 20ª semana de gestação. Se não for tratada corretamente, a Pré-Eclâmpsia pode resultar em complicações potencialmente fatais tanto para a mãe quanto para o feto.
  • Aumento do risco para diabetes: após desenvolver diabetes gestacional em uma gravidez, o risco para ter o mesmo problema em gestações subseqüentes é maior. O risco para desenvolver diabetes melito mais tarde também aumenta.

Manter os níveis de açúcar no sangue sob controle é essencial para preservar a saúde do bebê e evitar várias complicações durante e após o parto. Para tanto, é recomendável que você:

  • Vigie os níveis de açúcar no sangue: se você foi diagnosticada com diabetes gestacional, seu medico provavelmente irá lhe pedir que confira seus níveis de açúcar no sangue até 4 ou 5 vezes por dia utilizando um aparelho chamado Glicosímetro Capilar. Isso pode ser desconfortável, mas os benefícios serão gigantescos. Para reduzir o risco de complicações, a glicose deve ser mantida dentro de níveis considerados aceitáveis. Se dosada com jejum de no mínimo 6h, a glicose deve ser inferior a 100. Se dosada até 2 horas após uma refeição, a glicose deve ser inferior a 120.
  • Organize seu controle: sempre que fizer uma dosagem da sua glicose, anote-a em uma agenda. Esta agenda deve ser apresentada ao médico em cada visita de controle. A partir da 28ª semana de gestação até o parto, utilize a agenda para anotar também sempre que sentir o bebê se mexendo. Entre em contato com seu médico caso perceba que o bebê não está se movimentando tanto quanto de costume.
  • Siga a dieta recomendada pelo seu médico ou nutricionista: a dieta ideal em geral possui cerca de 2.200 a 2.400 calorias, divididas da seguinte maneira: 45% carboidratos (pães, cereais, frutas, etc), 25% proteínas (carne, queijos, leite) e 30% gorduras.
  • Pratique exercícios: a atividade física regular reduz os níveis de açúcar no sangue e facilita o controle do diabetes. Converse com seu médico sobre quais exercícios são os mais indicados para o seu caso. De um modo geral, caminhar e nadar são as atividades físicas mais indicadas para gestantes, mas até as calorias gastas nos afazeres domésticos são importantes e devem ser levadas em conta.
  • Utilize corretamente as medicações receitadas: se a dieta e os exercícios não forem suficiente para manter a glicose nos níveis desejáveis, seu médico poderá receitar injeções de insulina. Utilize a insulina exatamente como recomendado e comunique ao seu médico todo e qualquer efeito colateral que você acreditar estar relacionado ao remédio.

Durante o período pós-parto, os níveis de açúcar no sangue deverão retornar ao normal. Após um ou dois dias, se a glicose não retornar ao normal, então se diz que o Diabetes Gestacional evoluiu para um Diabetes Melito. Esta transformação ocorre em 15-30% das mulheres afetadas pelo diabetes gestacional.

Não existem garantias de que tomando determinadas medidas você estar eliminando completamente o risco para diabetes gestacional, mas os especialistas são unânimes em afirmar que, quanto mais hábitos saudáveis você adotar antes da gravidez, melhor:

  • Prefira alimentos saudáveis, pobres em gorduras e calorias. Frutas, vegetais e cereais integrais são excelentes escolhas.
  • Mantenha um bom nível de atividade física: cerca de 30 minutos de atividade física moderada por dia são um bom começo. Se não conseguir cumprir 30 minutos seguidos, divida em duas ou três sessões de exercícios ao longo do dia.
  • Elimine o excesso de peso: perder peso durante a gravidez não é recomendável, mas, se você puder planejar com alguma antecedência, tente eliminar o excesso de gordura antes de engravidar.

Fonte: Boa Saúde

Remédios para Pessoas com Diabetes


Descubra seus Remédios para Diabetes

Sulfoniluréias

Amaryl
DiaBeta
Diabinese
Dymelor
Glucotrol
Glucotrol XL
Glynase PresTab
Micronase
Orinase
Tolinase

Biguanidas

Glucophage

Ainibidores de alfa-glicosidase

Glyset
Precose

Tiazolidinedionas

Tiazolidinedionas
Actos
Avandia

Meglitinidas

Prandin

Insulinas

Lispro (Humalog)
Regular
Premixed
Ultralente
NPH ou Lente

* A informação sobre diabetes, neste folheto, tem data de março de 2000. No futuro, as informações sobre estes remédios para diabetes podem se modificar e novos remédios serão aprovados. Estaremos atualizando este documento, à medida que as mudanças forem feitas.

Preciso Tomar Remédios para Diabetes?

E se eu tiver diabetes tipo 1?

O tipo 1 é o tipo de diabetes que as pessoas contraem com mais freqüência antes dos 30 anos de idade. Todas as pessoas com diabetes tipo 1 precisam tomar insulina porque seu organismo não fabrica o suficiente. A insulina ajuda a transformar o açúcar dos alimentos em energia para o organismo poder funcionar.

E se eu tiver o diabetes tipo 2?

A alimentação saudável pode ajudar a baixar seu nível de açúcar no sangue.

O tipo 2 é o tipo de diabetes que a maior parte das pessoas contrai na idade adulta, após os 40 anos. Mas você pode ter também este tipo de diabetes com menos idade.

Alimentação saudável, exercício e perda e peso podem ajudá-lo a baixar seu açúcar sangüíneo (também chamado de glicose sangüínea), quando descobrir que você tem o diabetes tipo 2. Se esses tratamentos não funcionarem, você pode necessitar de um ou mais tipos de medicamentos para baixar seu açúcar sangüíneo. Depois de poucos anos, você pode precisar tomar injeções de insulina porque seu organismo não está fabricando insulina suficiente.

Você, o seu médico e seu orientador sobre diabetes devem sempre encontrar o melhor esquema de diabetes para o seu caso.

Por que eu Preciso de Remédios para Diabetes Tipo 1?

É no pâncreas que seu corpo fabrica insulina.

A maioria das pessoas fabrica insulina no pâncreas. Se você tem o diabetes tipo 1, seu corpo não fabrica insulina. A insulina ajuda o açúcar dos alimentos que você ingere a alcançar em todas as partes de seu corpo e ser usado para energia.

Uma vez que seu corpo não fabrica mais insulina, você precisa tomar a insulina em injeções. Tome sua insulina da maneira que seu médico lhe indicar. A seção O que eu preciso saber sobre insulina? oferece mais informações.

Por que eu Preciso de Remédios para Diabetes Tipo 2?

Se você tem diabetes tipo 2, seu pâncreas em geral fabrica bastante insulina. Entretanto, seu corpo não pode usar corretamente a insulina que você fabrica. Você pode ter este tipo de diabetes se membros de sua família têm ou tiveram diabetes. Você pode também contrair o diabetes tipo 2 se estiver com muito peso ou não fizer exercício suficiente.

Depois de você ter tido diabetes tipo 2 por alguns anos, seu corpo pode parar de fabricar insulina suficiente. Assim, você irá precisar tomar pílulas de diabetes ou insulina.

Você precisa saber que:

Os remédios de diabetes que baixam o açúcar no sangue nunca tomam o lugar dos alimentos saudáveis e dos exercícios.

- Se seu açúcar sangüíneo estiver muito baixo, mais que alguns períodos, em alguns dias, chame seu médico.

-Tome suas pílulas de diabetes ou insulina mesmo se estiver doente. Se não puder comer muito, chame seu médico.

Quais são os Tipos de Pílulas para Diabetes?

Muitos tipos dessas pílulas podem ajudar as pessoas com diabetes tipo 2 a baixar seu açúcar sangüíneo. Cada tipo de pílula ajuda a baixar o nível de açúcar no sangue de uma maneira diferente. A pílula de diabetes (ou pílulas) que você toma pertence a um desses grupos. Você pode conhecer sua pílula (ou pílulas) por um nome diferente.

- Sulfoniluréias. Estimulam seu pâncreas a fabricar mais insulina.

- Biguanidas. Diminuem a quantidade de açúcar feita pelo seu fígado.

- Inibidores de alfa-glicosidase. Diminuem a absorção dos amidos que você ingere.

- Tiazolidinadionas. Tornam você mais sensível a insulina.

- Meglitinidas. Estimulam seu pâncreas a fabricar mais insulina.

Seu médico pode prescrever uma pílula. Se as pílulas não baixarem seu açúcar sangüíneo, seu médico pode:

- Pedir que você tome mais da mesma pílula; ou
-Adicionar uma nova pílula ou insulina; ou
- Pedir que você mude para outra pílula ou insulina.

Preencha um formulário de planejamento de remédios

Sulfoniluréias

Essas pílulas agem de duas maneiras:

- Ajudam seu pâncreas a fabricar mais insulina, que baixa então seu açúcar sangüíneo.

- Ajudam seu corpo a usar a insulina que ele produz para baixar melhor o açúcar sangüíneo.

Outros nomes para este remédio

Nome Genérico

acetohexamide
chlorpropamide
glimepiride
glipizide
glyburide
tolazamide
tolbutamide

Nome de Marca

Dymelor
Diabinese
Amaryl
Glucotrol, Glucotrol XL
DiaBeta, Glynase
PresTab, Micronase
Tolinase
Orinase

Para que estas pílulas funcionem, seu pâncreas tem que produzir alguma insulina. As sulfoniluréias podem também baixar seu açúcar sangüíneo, que é chamado hipoglicemia. A seção O que eu devo saber sobre como baixar o açúcar no sangue dá mais informações sobre o assunto.

Com que freqüência eu devo tomar sulfoniluréias?

Algumas sulfoniluréias funcionam o dia todo, de forma que você pode tomar apenas uma vez por dia, outras, você deverá tomar duas vezes ao dia. Seu médico lhe dirá quantas vezes por dia você deve tomar sua(s) pílula(s). Pergunte, se tiver dúvidas.

Quando devo tomar sulfoniluréias?

O tempo que você toma suas pílulas depende de que pílula está tomando e o que seu médico lhe diz. Se você toma pílula uma vez por dia, provavelmente irá tomá-la logo antes da primeira refeição do dia (café da manhã). Se toma o remédio duas vezes por dia, você talvez vá tomar a primeira pílula antes de sua primeira refeição e a segunda antes da última refeição do dia (ceia). Tome o remédio nas mesmas horas, a cada dia. Pergunte ao seu médico quando deve tomar seus comprimidos.

Quais são os possíveis efeitos colaterais das sulfoniluréias?

- Uma reação de baixa de açúcar no sangue (hipoglicemia).

- Uma perturbação estomacal.

- Pele irritada ou coçando.

- Ganho de peso.

Conte ao seu médico sobre os efeitos colaterais que estiver sentindo.

Quais são os efeitos colaterais?

- Efeitos colaterais são mudanças que podem acontecer em seu corpo quando você toma um remédio. Quando seu médico lhe prescreve um remédio novo, pergunte quais podem ser seus efeitos colaterais.

- Alguns efeitos colaterais acontecem exatamente quando você começa a tomar o remédio. Depois eles passam.

- Alguns efeitos colaterais acontecem só de vez em quando. Você pode acostumar com eles ou aprender como os controlar.

- Alguns efeitos colaterais podem fazer com que você pare de tomar o remédio. Seu médico pode tentar outra fórmula que não cause efeitos colaterais.

Biguanidas

Biguanidas são outro tipo de remédio para diabetes. O Metformina é uma biguanida que ajuda a baixar o açúcar sangüíneo, garantindo que seu fígado não fabrique açúcar em demasia. O Metformina também baixa a quantidade de insulina em seu organismo.

Outros nomes para este remédio

Nome Genérico

metformina

Nome de Marca

Glucophage

Você pode perder alguns quilos quando começar a tomar metformina. Essa perda de peso pode ajudá-lo a controlar sua glicose sangüínea. O Metformina pode também melhorar os níveis de gordura sangüínea e de colesterol, que em geral, não estão normais se você tiver diabetes tipo 2.

Uma coisa boa sobre o metformina é que ele não faz com que o açúcar no sangue fique muito baixo (hipoglicemia), quando você tomar apenas o remédio para diabetes.

Com que freqüência devo tomar metformina?

Duas ou três vezes por dia.

Quando devo tomar metformina?

Nas refeições. Seu médico deve dizer em que refeições você deve tomar.

Quais são os possíveis efeitos colaterais?

- Metformina pode deixá-lo doente se você tomar mais que 2 a 4 drinques alcoólicos por semana. Caso beba mais que isso, avise o médico. Você provavelmente não deverá tomar metformina.

- Caso você tenha algum problema de rins, tomar metformina pode piorar. Antes de começar esse remédio certifique-se de que o seu médico sabe se seus rins funcionam bem.

- Se você estiver vomitando, se tem diabetes e se não pode tomar muitos fluidos, então precisa parar de tomar metformina por alguns dias.

- De vez em quando, pessoas que tomam metformina podem se tornar fracas, cansadas ou com tontura e ter problemas de respiração. Se alguma vez tiver esses problemas, chame seu médico ou consiga ajuda médica imediatamente.

- Você pode vir a ter náuseas, diarréia ou outro problema estomacal quando tomar metformina pela primeira vez. Esses sintomas normalmente desaparecem.

- Você pode observar um gosto metálico em sua boca.

O que saber sobre realizar cirurgia ou exame médico com contraste

- Se você for passar por uma cirurgia, informe ao médico que está tomando metformina. Ele deve lhe pedir para parar de tomar metformina no dia da cirurgia. Então, não deverá tomar metformina outra vez até que você esteja se alimentando e seus rins estejam funcionando normalmente.

- Se você for fazer algum exame médico com contraste, diga ao médico que está tomando metformina. Você deve ser orientado a parar de tomar metformin no dia do exame e não tomar este remédio outra vez dentro das próximas 48 horas.

Inibidores de alfa-glicosidase

Existem hoje dois inibidores de alfa-glicosidase, acarbose e miglitol. Esta ação provoca um aumento mais lento e menor de açúcar no sangue ao longo do dia, mas principalmente logo após as refeições.

Nem o acarbose nem o miglitol fazem com que o açúcar sangüíneo fique muito baixo (hipoglicemia) quando o medicamento de diabetes é o único que você toma.

Outros nomes para este remédio

Nome Genérico

acarbose
miglitol

Nome de Marca

Precose
Glyset

Com que frequência devo tomar acarbose ou miglitol?

Três vezes ao dia, em cada refeição. Seu médico pode lhe pedir para tomar o remédio com menos frequência, no começo.

Quando devo tomar acarbose or miglitol?

No início de uma refeição.

Quais são os possíveis efeitos colaterais?

Tomar este remédio pode causar problemas de estômago (gases, flatulência e diarréia), sintomas que em geral desaparecem depois que você tomar o remédio por um certo tempo.

Tiazolidinediones

Thiazolidinediones ajudam a tornar suas células mais sensíveis à insulina. A insulina pode então transferir a glicose de seu sangue para dar energia às suas células.

Outros nomes deste remédio

Nome Genérico

pioglitazone
rosiglitazone

Nome de Marca
Actos
Avandia

Nota: Troglitazone (Rezulin) foi lançado no mercado em março de 2000.

Com que freqüência devo tomar pioglitazone ou rosiglitazone?

- Pioglitazone: Em geral, tomado uma vez por dia.

- Rosiglitazone: Uma ou duas vezes por dia.

Quando devo tomar pioglitazone ou rosiglitazone?

- Pioglitazone: Sempre na mesma hora de cada dia, com ou sem refeição.

- Rosiglitazone: Mais ou menos na mesma hora do dia, geralmente pela manhã, com ou sem a refeição. Ou pela manhã e à tarde, com ou sem refeição.

Quais são os possíveis efeitos do pioglitazone ou rosiglitazone?

- Se você toma pioglitazone ou rosiglitazone, é importante para o profissional de saúde que o assiste verificar regularmente seus níveis de enzima no fígado. Chame seu médico imediatamente se tiver alguns sinais de doença no fígado como: náusea, vômitos, dor de estômago, falta de apetite, cansaço, cor amarelada na pele ou no branco dos olhos, ou urina de cor escura.
(Algumas pessoas que tomaram troglitazone, um outro thiazolidinedione, tiveram sérios problemas de fígado. O troglitazone não mais se encontra disponível no mercado).

- Os medicamentos deste grupo não fazem cair muito baixo o açúcar no sangue. Mas se você toma outros remédios de diabetes junto com os remédios deste grupo, seu açúcar sangüíneo pode cair bastante. (Ver O que eu devo saber sobre baixo (nível de) açúcar no sangue?)

- Se você toma anticoncepcional, os medicamentos deste grupo podem tornar os anticoncepcionais menos eficazes quanto à prevenção de gravidez. Significa que estes medicamentos podem aumentar suas chances de ficar grávida.

- Você pode ganhar peso enquanto estiver tomando estes remédios.

- Você pode estar com risco de ter anemia, o que o faz sentir-se cansado. A anemia faz com que seu sangue transporte menos oxigênio que o normal.

- Você pode sofrer inchaço, também chamado edema, nas pernas ou na região do tornozelo.

Outros remédios de diabetes são usados com os tiazolidinediones?

Sim, o profissional que o assiste pode lhe pedir que tome outros medicamentos para diabetes em conjunto com um tiazolidinedione. Ou você pode tomar um tiazolidinedione como seu único remédio para diabetes. Essas combinações funcionam bem para controlar o açúcar no sangue:

- Pioglitazone com uma sulfonilurea, metformina, ou insulina.

- Rosiglitazone com metformina.

Você precisa saber

- Não modifique e não pare de tomar o remédio para diabetes sem antes falar com seu médico.

- Seu médico pode lhe pedir para mudar de pílulas para injeções de insulina se seu pâncreas parar de fabricar insulina suficiente.

Meglitinides

Meglitinides são um novo tipo de medicamento para diabetes. Repaglinideé o nome de um meglitinide. Este remédio ajuda seu pâncreas a fazer mais insulina logo após as refeições, o que diminui o açúcar no sangue. Seu médico pode prescrever repaglinide apenas, ou combinado com metformina (outro remédio de diabetes), caso um medicamento isolado não controle os níveis de açúcar no sangue.

Outros nomes para este remédio

Nome Genérico
repaglinide

Nome de Marca
Prandin

Uma boa coisa sobre o repaglinide é que ele funciona depressa e seu corpo também o utiliza rapidamente. Essa ação rápida significa que você pode variar os horários de alimentação e o número de refeições mais facilmente, usando repaglinide, do que usando outros medicamentos para diabetes.

Com que freqüência devo tomar repaglinide?

Seu médico lhe dirá para tomar repaglinide antes das refeições. Se pular uma refeição, então não deve tomar a dose de repaglinide.

Quando eu devo tomar repaglinide?

Desde 30 minutos antes até o momento (antes) da refeição. O repaglinide baixa o açúcar no sangue em geral 1 hora depois de ingerido e já está fora da corrente sangüínea dentro de 3 a 4 horas.

Quais são os possíveis efeitos do repaglinide?

- Uma baixa resposta de glicose no sangue (hipoglicemia).

- Ganho de peso.

O que eu Devo saber sobre Insulina?

Se o seu pâncreas não fabrica insulina suficiente, você precisa então tomar injeções de insulina. Você pode injetar insulina logo abaixo da pela com uma agulha pequena e curta.

A insulina pode ser tomada na forma de comprimido?

A insulina é uma proteína. Se você tomar insulina como uma pílula, seu organismo irá quebrá-la e digeri-la antes que ela chegue no sangue para baixar o nível de açúcar.

Como a insulina funciona?

A insulina diminui o nível de açúcar sangüíneo, mudando o açúcar do sangue nas células de seu corpo. Uma vez dentro das células, o açúcar produz energia. A insulina baixa o nível de açúcar se você comer ou não. Você deve comer na hora, caso tome insulina.

Com que freqüência devo tomar insulina?

A maior parte das pessoas com diabetes necessita de pelo menos duas injeções de insulina por dia para um bom controle sangüíneo. Algumas pessoas tomam três ou quatro injeções por dia para terem um esquema de controle do diabetes mais flexível.

Quando devo tomar insulina?

Você deve tomar insulina 30 minutos antes de uma refeição, caso tome insulina regular somente, ou combinada com uma insulina de ação mais prolongada. Se você toma insulina lispro (Humalog), uma insulina que atua muito rapidamente, você deve tomar a injeção exatamente quando vai começar a comer.

Existem vários tipos de insulina?

Sim. Existem cinco tipos principais de insulina. Cada uma delas atua em velocidade diferente. Muitas pessoas tomam dois tipos de insulina.

Os cinco tipos de insulina são:

Ação rápida de insulina lispro (Humalog)

Começa a atuar em 5 a 15 minutos.
Baixa o açúcar no sangue, na maioria das vezes, em 45 a 90 minutos.
Cessa sua atuação em 3 a 4 horas.

Ação curta, insulina Regular (R)

Começa a atuar em 30 minutos.
Baixa o açúcar no sangue, na maioria das vezes, em 2 a 5 horas.
Cessa sua atuação em 5 a 8 horas.

Ação intermediária, insulina NPH (N) ou Lenta (L)

Começa a atuar em 1 a 3 horas.
Baixa o açúcar no sangue, na maioria das vezes, em 6 a 12 horas.
Cessa sua atuação em 16 a 24 horas.

Ação a longo prazo, insulina Ultralenta (U)

Começa a atuar em 4 a 6 horas.
Baixa o açúcar no sangue, na maioria das vezes, em 8 a 20 horas.
Cessa sua atuação em 24 a 28 horas.

Mistura de insulina NPH e Regular

Dois tipos de insulina misturadas no mesmo frasco.

Começa a atuar em 30 minutos.
Baixa o açúcar no sangue, na maioria das vezes, em 7 a 12 horas.
Cessa sua atuação em 16 a 24 horas.

A insulina funciona da mesma forma o tempo todo?

Após um curto período, você poderá saber quando sua insulina começa a atuar, quando ela trabalha com força total para diminuir o açúcar e quando ela termina de atuar.

Você irá aprender a combinar suas horas de refeição e suas horas de exercício com o tempo em que cada dose de insulina tomada atue em seu organismo.

O tempo – rápido ou lento – em que a insulina atua em seu organismo depende de:

- Sua própria resposta.

- O lugar do corpo onde você injeta a insulina.

- O tipo e a quantidade de exercício que você faz e o tempo entre a injeção e o exercício.

Onde, no corpo, devo injetar insulina?

Você pode injetar insulina em várias partes de seu corpo. A insulina injetada próximo ao estômago é a que atua mais rápido. A insulina injetada na coxa é a que atua mais lentamente. A insulina injetada no braço atua em velocidade média. Peça ao seu médico ou instrutor de diabetes para mostrar a maneira correta de tomar insulina e em que partes do corpo ela pode ser injetada.

Estas são as regiões indicadas para você tomar injeções de insulina. (NT: Na figura 1, Velocidade média, Velocidade alta, Velocidade baixa).

Quando devo estocar insulina?

Mantenha os frascos de insulina que estiver usando à temperatura ambiente.

- Se você usa um frasco inteiro de insulina em 30 dias, mantenha-o à temperatura ambiente. No rótulo, escreva a data que será 30 dias após. É quando você deve jogar fora o frasco com o que tiver restado de insulina nele.

- Se você não usa um frasco inteiro de insulina em 30 dias, armazene-o na geladeira o tempo todo.

- Caso a insulina fique demasiado quente ou fria, ela sofre uma quebra e não funciona. Assim, não conserve a insulina em locais muito frios como freezer, ou em lugares muito quentes como uma janela ou porta luvas do carro em tempo de calor.

- Mantenha em sua casa pelo menos um frasco extra de cada tipo de insulina que costuma usar. Armazene o excedente de insulina no refrigerador.

Quais são os possíveis efeitos colaterais da insulina?

- Um baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia).

- Ganho de peso.

Posso Tomar mais que um Remédio para Diabetes ao mesmo Tempo?

Sim. Seu médico pode lhe pedir para tomar mais que um remédio no mesmo período. Alguns desses remédios que baixam o açúcar sangüíneo atuam bem em conjunto. Eis alguns exemplos:

Dois comprimidos de diabetes

Se um tipo de pílula, sozinho, não controla seu açúcar sangüíneo, então seu médico pode lhe pedir para tomar dois tipos de pílulas. Cada um desses tipos tem sua própria forma de agir para baixar o açúcar no sangue. Estes são alguns dos comprimidos usados em conjunto:

- Sulfonilurea e metformina.

- Sulfonilurea e acarbose.

- Metformina e acarbose.

- Repaglinide e metformina.

Pílulas de diabetes e insulina

Seu médico pode lhe pedir para tomar insulina e uma destas pílulas:

- Sulfoniluréia.

- Metformina.

- Pioglitazone.

O que eu Devo Saber Sobre Baixo Nível de Açúcar no Sangue?

Sulfoniluréias, meglitinidas e insulina são os tipos de remédios de diabetes que podem fazer com que o açúcar no sangue caia bastante. O baixo açúcar no sangue pode acontecer por muitas razões:

- Retardar ou pular uma refeição.

- Comer muito pouco em uma refeição.

- Fazer mais exercícios que o normal.

- Tomar muitos medicamentos para diabetes

- Beber álcool.

Você sabe que seu açúcar sangüíneo pode estar baixo quando tem um ou mais dos seguintes sintomas:

- Você pode se sentir zonzo ou tremendo quando seu açúcar no sangue está muito baixo.

- Tontura ou cabeça leve.

- Com fome.

- Nervoso e tremendo.

- Sonolento ou confuso.

- Transpirando.

Se achar que seu açúcar no sangue está baixo, teste-o para ter certeza. Se seu nível de açúcar está em ou abaixo de 70 mg/dL, beba (ou coma) um dos seguintes itens para ter 15 g de carboidrato:

- 1/2 xícara (113g) de qualquer suco de frutas.

- 1 xícara (226g) de leite.

- 1 ou 2 colheres de chá de açúcar ou mel.

- 1/2 xícara (113g) de soda normal.

- 5 ou 6 pedaços de doce rijo.

- Gel de glicose ou tabletes (tome a quantia descrita na embalagem para adicionar 15g de carboidrato).

Teste seu açúcar sangüíneo outra vez, 15 minutos depois. Se ainda estiver abaixo de 70 mg/dL, coma então outras 15 g de carboidrato. Teste então seu açúcar no sangue novamente, em 15 minutos.

Se você não puder fazer o teste logo após perceber os sintomas de baixo teor de açúcar sangüíneo, coma um dos itens listados acima. Caso o resultado não seja baixo, mas você saiba que não irá fazer a próxima refeição antes de pelo menos uma hora, tome então um lanche com amido e proteína. Eis alguns exemplos:

- Biscoitos e creme de amendoim ou queijo.

- Meio sanduíche de presunto ou de peru.

- Uma xícara de leite e biscoito (tipo água e sal) ou cereal.

preencha um formulário de planejamento do remédio

Como eu sei se meus remédios para diabetes estão funcionando? Aprenda a testar seu açúcar sangüíneo. Pergunte ao médico ou orientador para diabetes sobre os melhores aparelhos de teste para você e com que freqüência fazer os testes. Depois de testar seu açúcar sangüíneo, anote os resultados. Pergunte então ao seu médico ou profissional que o orienta se os remédios para diabetes estão funcionando. Uma boa leitura de açúcar no sangue antes das refeições está entre 70 e 140 mg/dL.

Pergunte ao seu médico ou qualquer outro profissional (instrutor) sobre quão baixo ou quão elevado seu açúcar no sangue deve chegar antes de tomar alguma atitude. Para muitas pessoas, o açúcar no sangue é muito baixo quando está com menos de 70 mg/dL e muito elevado acima de 240 mg/dL.

Outro dado a saber é o resultado do exame de sangue que seu médico chamou de hemoglobina A-1-c ou hemoglobina glicolisada. Ela mostra seu controle de açúcar no sangue durante os últimos 2 a 3 meses. Para a maioria das pessoas, uma boa hemoglobina A-1-c é 7%.

Para mais informações

Instrutores de Diabetes (enfermeiras, nutricionistas, farmacêuticos e outros profissionais de saúde).

- Para encontrar um instrutor de diabetes próximo de você, chame o American Association of Diabetes Educators (Associação Americana de Educadores de Diabetes (a ligação é grátis) no 1-800-832-6874.

Programas Reconhecidos de Educação quanto ao Diabetes (programas de ensinamento aprovados pela American Diabetes Association)

- Para encontrar um programa próximo de sua casa, chame 1-800-DIABETES (1-800-342-2383) ou veja pela Internet em http://www.diabetes.org/ e clique em "Diabetes Info."

Nutricionista

- Para encontrar um nutricionista próximo de você, chame The American Dietetic Association's National Center for Nutrition and Dietetics, no 1-800-366-1655, ou veja pela Internet em http://www.eatright.org/ e clique em "Find a Dietitian."

Agradecimentos

The National Diabetes Information O Centro de Informações agradece às pessoas que ajudaram a revisar o conteúdo deste livreto.

American Association of Diabetes Educators - Chicago, IL

Shelly Amos, L.R.D. - Nez Percé Nutrition - Lapwai, ID

Noreen Cohen, M.S., R.D., L.D. - Humana Health Care Plans - San Antonio, TX

Paula Dubcak, R.N., C.D.E. - Humana Health Care Plans - San Antonio, TX

Lois Exelbert, R.N., M.S., C.D.E., A.C.C.E.
Joslin Center for Diabetes
Baptist Hospital of Miami
Miami, FL Ruth Farkas-Hirsch, R.N., M.S., C.D.E.
(on behalf of American Diabetes Association)
University of Washington, Diabetes Care Center
Seattle, WA

Lawana Geren, R.N., C.D.E.
Humana Health Care Plans
San Antonio, TX

Gwen Hosey, M.S., A.N.P., C.D.E.
IHS Portland Area Diabetes Program at Washington
Bellingham, WA

Joslin Center for Diabetes Community Medical Center
Toms River, NJ

Melinda Maryniuk, M.Ed., R.D., C.D.E.
Joslin Diabetes Center
Boston, MA Pat Mathis, M.S., R.N., C.D.E.
Marianne Sack, R.N., C.D.E.
So Others Might Eat
Washington, DC

Kathy O'Keeffe, M.S., R.D., L.D., C.D.E.
Carolina Diabetes and Kidney Center
Sumter, SC

Carolyn Ross, R.D., M.S., C.D.E.
PHS Indian Hospital
Cass Lake, MN

Lisa Spence, M.S.
Purdue University
West Lafayette, IN

Judy Tomassene, M.P.H., M.S., R.D.
Seattle Indian Health Board
Seattle, WA

Madelyn L. Wheeler, M.S., R.D., F.A.D.A., C.D.E.
Indiana University School of Medicine, Diabetes Research and Training Center
Indianapolis, IN

Centro Nacional de Informação Sobre Diabetes

1 Information Way
Bethesda, MD 20892-3560
E-mail: National Diabetes Information Clearinghouse

O National Diabetes Information Clearinghouse (NDIC) (Centro Nacional de Informação Sobre Diabetes) é um serviço do National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e dos Rins (NIDDK). O NIDDK é parte do National Institutes of Health under the U.S. Department of Health and Human Services (Institutos Nacionais de Saúde, sob o Departamento Norte-Americano de Saúde e Serviços Humanos). Estabelecido em 1978, o centro fornece informações sobre diabetes para pessoas diabéticas e seus familiares, profissionais de saúde e público em geral. O NDIC responde às questões; desenvolve, revisa e distribui publicações; e trabalha estreitamente ligado com organizações de pacientes e profissionais e com agências governamentais para coordenar as fontes sobre diabetes.

As publicações feitas pelo centro de informações são revisadas cuidadosamente para efeito de precisão, conteúdo e legibilidade científica. Este texto eletrônico não incorre na questão de direitos autorais. O centro de informações encoraja os usuários desta publicação virtual a fazer e distribuir quantas cópias quiserem.

Fonte: Boa Saúde

Amamentação pode salvar 1,3 milhão de crianças por ano, diz OMS


Ensinar novas mães a amamentarem poderia salvar 1,3 milhão de crianças por ano, mas muitas mulheres não recebem ajuda e desistem, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (31).

Menos de 40% das mães do mundo permitem que seus filhos só se alimentem com leite materno nos seis primeiros meses de vida, conforme recomenda a OMS. Muitas abandonam o aleitamento porque não sabem como fazer o bebê agarrar o seio, ou sentem dor e desconforto.

"Quando se trata de fazer na prática, elas não têm apoio", disse a especialista da OMS Constanza Vallenas a jornalistas em Genebra, onde fica a sede da agência da ONU.

O problema, segundo ela, ocorre em países ricos e pobres, e precisa ser combatido a partir de hospitais, clínicas e centros comunitários.

A OMS alertou também para a necessidade de conscientizar as grávidas quanto à sua vulnerabilidade às gripes comum e H1N. A agência defendeu que as grávidas tenham prioridade para receber antivirais como o Tamiflu, especialmente nas primeiras 48 horas a partir do aparecimento de sintomas gripais.

"As grávidas, quando ficam gripadas, estão em risco e devem ir ao médico", disse a porta-voz Aphaluck Bhatiasevi. "É realmente essencial para as grávidas buscarem medicação."

Especialistas em saúde dos EUA dizem que as grávidas também deveriam ser as primeiras a serem vacinadas contra o vírus H1N1, dito "da gripe suína", e que pessoas que cuidam de bebês deveriam vir em segundo lugar.

A OMS recomenda que os bebês comecem a mamar no peito uma hora depois de nascerem, e que consumam apenas o leite materno durante seis meses --o que exclui água, sucos ou alimentos sólidos.

A amamentação dá à criança nutrientes vitais, além de reforçar seu sistema imunológico, prevenindo contra doenças como diarreia e pneumonia. O leite em pó não fornece a mesma imunidade, e a água das torneiras em muitos lugares do mundo vem contaminada.

Vallenas disse que, se o índice de aleitamento materno nos seis primeiros meses de vida chegasse a 90%, seria possível evitar cerca de 13% das 10 milhões de mortes anuais de crianças menores de cinco anos.

Em nota divulgada a propósito da Semana Mundial da Amamentação, de 1º a 7 de agosto, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse ser importante dar apoio para que mães em zonas de desastres continuem ou recomecem o aleitamento.

"Durante emergências, doações não-solicitadas ou descontroladas de substitutos do leite materno podem prejudicar a amamentação", informa.


Fonte: Folha Online

A Criança com Perda Auditiva


"Vários estudos vem provando que o diagnóstico e as intervenções precoces fazem com que as crianças com perdas auditivas apresentem desenvolvimento da linguagem igual às crianças com audição normal. Já existem meios de se diagnosticar precocemente a criança com déficit auditivo, logo após o nascimento. Mas apesar das evidências, ainda há algumas divergências em relação à implementação ou não dos testes a todos os recém-nascidos ou somente naqueles que apresentem fatores de risco".

Causas de Surdez em Crianças

Ao se pensar em surdez e nas limitações que lhe são associadas, é natural que se procure saber quais as suas causas e, conseqüentemente, quais os meios de se evitá-la. Algumas condições vêm sendo descritas como as principais envolvidas na deficiência auditiva na infância.

Essas causas podem ser pré-natais, isto é, aquelas adquiridas durante a gestação, que são: desordens genéticas, consangüinidade, doenças infecto-contagiosas (como a toxoplasmose, a sífilis, a rubéola, a citomegalovirose e o herpes), uso de remédios ototóxicos, de drogas ilícitas ou de álcool pela mãe, desnutrição ou carência alimentar materna, hipertensão ou diabetes durante a gestação, condições relacionadas ao fator RH e a exposição à radiação.

As crianças também podem adquirir o distúrbio da audição através de problemas que ocorrem durante o parto, como anóxia, parto fórceps, pré ou pós-maturidade e até mesmo a infecção hospitalar.

Restam ainda as causas que acontecem após o parto e essas incluem, dentre outras, as infecções (como meningite, sarampo, caxumba e sífilis adquirida), o uso de remédios ototóxicos em excesso e sem orientação médica, a exposição excessiva a ruídos e a sons muito altos e o traumatismo craniano.

Prevenção da Surdez

Ao se analisar as causas da surdez, fica clara a importância da prevenção das condições que levam à perda auditiva. Isso fica ainda mais evidente pelos dados apontados pela Organização mundial de saúde os quais revelam que cerca de 1,5% da população dos países em desenvolvimento apresentam problemas relacionados à audição.

A prevenção primária constitui-se de ações a serem feitas antes do desenvolvimento da surdez e envolve as campanhas de vacinação contra rubéola nas mulheres em idade fértil, a realização dos exames pré-natais, campanhas de vacinação infantil contra o sarampo, meningite e caxumba e palestras e orientações às mães.

Diante de uma criança com diagnóstico de surdez, algumas providências que atenuam suas conseqüências precisam ser tomadas e essas ações devem ser tanto no âmbito da saúde (através do diagnóstico e do tratamento precoce) quanto no âmbito da educação (por meio do atendimento infantil especializado).

Quando Deve Ser a Intervenção?

Descobertas recentes têm indicado que as crianças com perda auditiva podem adquirir habilidades de linguagem similar às crianças com audição normal, caso a intervenção ocorra até aos 6 meses de idade.

Tentando estabelecer se realmente a intervenção precoce promove um bom desenvolvimento da linguagem e determinar quais outras variáveis podem influir no desenvolvimento da mesma em crianças que apresentam perdas auditivas, a Dra. Mary Pat Moeller do centro para crianças com perdas auditivas do "Boys Town National Research Hospital, Nebraska", realizou um estudo, no qual ela acompanhou 112 crianças com idade de 5 anos e que apresentavam perda auditiva, sendo que 24 dessas tiveram diagnóstico confirmado antes do 11 meses, das quais 20 tiveram diagnóstico antes dos 6 meses.

De acordo com a Dra. Mary, os resultados do seu estudo foram condizentes com outros estudos prévios, os quais afirmam que uma intervenção precoce contribui para resultados positivos no desenvolvimento da linguagem. As crianças que foram diagnosticadas antes dos 11 meses apresentaram mais habilidades verbais e de vocabulário aos 5 anos de idade do que as crianças com diagnóstico após 11 meses.

Outro fator que contribuiu para a evolução da linguagem foi o grau de envolvimento familiar. Estes achados mostram a importância de ambas as variáveis no grau de desenvolvimento da comunicação verbal. Os resultados confirmam que um alto grau de envolvimento familiar pode superar os prejuízos causados pelo diagnóstico tardio, sendo que o impacto provocado pela intervenção tardia foi menor naqueles pacientes com grande apoio da família. Por outro lado, aqueles pacientes que associaram um pobre envolvimento familiar com intervenção tardia tiveram os piores resultados, apresentando grande dificuldade de comunicação aos 5 anos de idade.

Segundo a Dra. Mary, os melhores resultados são obtidos quando o suporte familiar começa precocemente. Ela acredita que quando as escolas especializadas se baseiam no envolvimento familiar (participação dos pais nas reuniões clínicas e reuniões específicas para os pais) obtém-se melhores resultados e que a intervenção tardia não traz resultados positivos, nem para a criança e nem para a família.

A Dra. Mary acredita, ainda, que os resultados dos trabalhos que apontam a importância do diagnóstico precoce para o desenvolvimento da linguagem, fortalecem a importância da realização de exames para o diagnóstico de surdez em todos os recém-nascidos e não só naqueles que apresentem fatores de risco, pois esse tipo de conduta mostrou-se insuficiente na seleção dos pacientes, visto que muitas crianças chegam aos 11 meses ou mais sem o diagnóstico de surdez ou perda auditiva.

Tratamento das Crianças com Perda Auditiva

Na maioria das vezes, as crianças com perda auditiva e conseqüente distúrbio da fala e da linguagem devem ser atendidas por uma equipe multidisciplinar composta por pediatras, neurologistas pediátricos, otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos e psicólogos. Esse acompanhamento deve ser integral, devendo iniciar-se tanto na fase do diagnóstico quanto na fase de terapia.

Diante de uma criança com problemas auditivos, deve-se considerar qual o tipo e o grau da perda auditiva, qual o problema de base e quais são as alterações associadas. Existem várias linhas de tratamento, mas o principal objetivo da terapia é o estabelecimento de uma boa comunicação, para melhor integração da criança à sociedade.

Durante as sessões do tratamento algumas questões devem ser trabalhadas, tais como a atenção, a percepção, a memorização auditiva, os traços de sonoridade, a discriminação auditiva, o vocabulário e os conceitos abstratos como o amor e a saudade que, na maioria das vezes, são de difícil compreensão para o paciente com deficiência auditiva.

Fonte: Pediatrics Vol. 106 Nº. 3

A Aparência Normal do Recém-Nascido


Mesmo depois de o médico assegurar que o bebê é normal, você pode achá-lo um pouco estranho. Seu bebê não tem um corpo perfeito como tem visto em livros de bebês. Seja paciente. A maioria dos recém-nascidos tem características peculiares. Felizmente elas são temporárias. Seu bebê irá começar a ter aparência normal por volta de uma ou duas semanas de idade.

Essa discussão sobre características temporárias do recém-nascido é organizada por partes do corpo. Um pequeno número de defeitos congênitos que são inofensivos, porém permanentes também estão incluídos.

Cabeça

1- Moldagem

A moldagem se refere ao formato comprido, estreito e em forma de cone, que resulta da passagem através do canal de parto. Esta compressão da cabeça pode temporariamente esconder a fontanela ("moleira"). A cabeça retorna ao normal em poucos dias.

2- Bossa

Isso se refere ao inchaço no topo da cabeça ou ao longo do couro cabeludo causado pelo líquido empurrado para dentro do couro cabeludo durante o processo de nascimento. A bossa está presente ao nascimento e desaparece em poucos dias.

3- Cefalohematoma

É uma coleção de sangue, causada pelo atrito entre o crânio da criança e os ossos pélvicos maternos durante o parto. O hematoma é normalmente confinado a um lado da cabeça e aparece no segundo dia de vida e pode crescer por mais de cinco dias, podendo permanecer visível até que o bebê tenha de 2 a 3 meses de idade.

4- Fontanela anterior

A "moleira" se encontra no topo da parte frontal do crânio. Ela tem formato de diamante e é recoberta por uma fina camada fibrosa. Tocar esta área é bastante seguro. A função da "moleira" é permitir o crescimento rápido do cérebro. Essa área pulsa normalmente com cada batimento cardíaco. Ela se fecha quando o bebê tem entre 12 a 18 meses de idade.

Olhos

1. Pálpebras inchadas

Os olhos podem estar inchados por causa de pressão na face durante o parto. Eles também podem estar inchados e avermelhados se o colírio de nitrato de prata tiver sido usado. Esta irritação deve desaparecer em 3 dias.

2. Hemorragia subconjuntival

Uma hemorragia em formato de chama no branco do olho (esclera) não é incomum, não oferece risco e é causada pelo trauma do nascimento. O sangue é reabsorvido de duas a três semanas.

3. Cor da íris

A íris é normalmente azul, verde, cinza, ou marrom, ou de variações destas cores. A cor permanente da íris é freqüentemente incerta até seu bebê alcançar 6 meses de idade. Bebês brancos nascem com olhos azul-acinzentados. Bebês negros nascem normalmente com olhos marrom-acinzentados. Crianças que terão íris escuras mudam a cor do olho por volta dos 2 meses de idade; crianças que terão íris de cores claras normalmente mudam por volta dos 5 a 6 meses de idade.

4. Entupimento do ducto lacrimal

Se o olho de seu bebê está continuamente úmido, ele pode ter um ducto lacrimal entupido. Isto significa que o canal que normalmente leva lágrimas do olho para o nariz esta bloqueado. É uma condição comum, e mais de 90% dos ductos lacrimais bloqueados desobstruem até que a criança tenha 12 meses de idade.

Orelhas

1. Dobrada

As orelhas de recém-nascidos são comumente macias e moles. Às vezes uma das extremidades se dobra. A orelha voltará a forma normal assim que a cartilagem endurecer durante as primeiras semanas.

2. Covinha na orelha

Aproximadamente 1% das crianças normais tem uma cova pequena na frente da orelha. Este pequeno defeito congênito não é importante a menos que se infeccione.

Nariz achatado

O nariz pode se deformar durante o nascimento ficando achatado ou torto e voltará ao normal por volta de uma semana de idade.

Boca

1. Calo de sucção (ou bolha)

O calo de sucção acontece no centro do lábio superior devido ao atrito constante deste ponto durante a amamentação no peito ou mamadeira. Desaparecerá quando a criança começar a usar o copo. Um calo de sucção também pode se desenvolver no dedo polegar ou no punho.

2. Língua presa

A língua normal em recém-nascidos tem um freio curto e estreito que a conecta ao assoalho da boca. Este freio normalmente se estende com o tempo de movimento e crescimento. Bebês com sintomas de língua presa são raros.

3. Pérolas epiteliais

Pequenos cistos (contendo fluido claro) ou úlceras brancas e rasas podem acontecer ao longo da linha gengival ou no palato duro. Isto é resultado do bloqueio das glândulas mucosas e desaparecem depois de 1 ou 2 meses.

4. Dentes

A presença de um dente ao nascimento é incomum. Aproximadamente 10% são dentes extras sem uma estrutura de raiz. Os outros 90% são dentes normais nascidos prematuramente. A distinção pode ser feita com uma radiografia. Os dentes extras devem ser removidos por um dentista. Os dentes normais só precisam ser removidos quando ficam bambos (com perigo de sufocamento) ou se causam feridas na língua de seu bebê.

Mama crescida

Mamas inchadas estão presentes durante a primeira semana de vida em muitos bebês do sexo feminino e masculino. Elas são causadas pela passagem de hormônios femininos pela placenta da mãe e permanecem inchadas durante duas ou quatro semanas. Podem ficar inchadas mais tempo em crianças amamentadas no peito e nos bebês do sexo feminino. Um peito pode desinchar um mês ou mais antes do outro. Nunca esprema o peito porque isto pode causar infecção. Procure ajuda médica se a mama inchada desenvolver vermelhidão, calor ou dor.

Órgãos genitais das meninas

1. Lábio vaginal inchado

Os pequenos lábios podem estar inchados em meninas recém-nascidas por causa da passagem de hormônios femininos pela placenta. O inchaço desaparecerá em duas a quatro semanas.

2. Projeções no hímen

O hímen também pode estar inchado devido ao estrógeno materno e ter projeções, de aproximadamente 12mm, compostas de tecido róseo e liso. Estas projeções normais acontecem em 10% das meninas recém-nascidas e lentamente regridem em duas ou quatro semanas.

3. Corrimento vaginal

Como os hormônios maternos declinam no sangue do bebê, um corrimento claro ou branco pode fluir da vagina ao final da primeira semana de vida. Ocasionalmente o corrimento ficará rosa ou tingido de sangue (falsa menstruação). Este corrimento normal não deve durar mais de 2 ou 3 dias.

Órgão genitais dos meninos

1. Hidrocele

O escroto do recém-nascido pode estar cheio de fluido claro. O fluido é empurrado para o escroto durante o nascimento. Este fluido claro é chamado "hidrocele". A hidrocele é comum em recém-nascidos do sexo masculino e pode levar de 6 a 12 meses para desaparecer completamente. Não causa maiores problemas, mas deve ser reavaliada através de consultas regulares. Se a hidrocelehérnia associada e então deve procurar um médico.

2. Testículos que não descem

O testículo não está no escroto em aproximadamente 4% dos recém-nascidos a termo (nascidos no tempo certo) do sexo masculino. Muitas vezes estes testículos descem gradualmente para a posição normal durante os meses seguintes. Em meninos de 1 ano de idade, só 0.7% têm testículos que não desceram; estes testículos precisam ser corrigidos cirurgicamente.

3. Prepúcio apertado

A maioria dos recém-nascidos do sexo masculino, não circuncisados, tem um prepúcio apertado o que não permite a exposição da cabeça do pênis. Isto é normal e o prepúcio não deve ser retirado.

4. Ereções

Ereções são comuns nos recém-nascidos do sexo masculino, assim como em todas as idades. Elas são normalmente estimuladas pela bexiga cheia. As ereções demonstram que os nervos penianos são normais.

Ossos e articulações

1. Quadris apertados

O médico de sua criança testará o quanto as suas pernas podem ser separadas para se certificar que os quadris não são muito apertados. A abertura das pernas até que elas atinjam o plano horizontal, quando estão dobradas, é chamada "90 graus de abertura". (Menos de 50% dos recém-nascidos normais alcançam essa abertura completa). A abertura de 60 graus em cada perna é considerada normal. A causa mais comum de quadris apertados é a luxação de quadril.

2. Torção da tíbia

A parte inferior da perna de seu bebê (tíbia) freqüentemente fica encurvada por causa da posição que ela ficara dentro do útero. Ao levantar seu bebê, você também poderá notar isto. Essas curvas são normais e desaparecerão quando ele estiver caminhando por volta de 6 a 12 meses.

3. Pé virado para cima, para dentro, ou para fora

O pé pode se virar em qualquer direção dentro do útero apertado por ser flexível e pode voltar facilmente a posição normal entre 6 e 12 meses de idade.

4. Segundo dedo do pé maior que o dedão

O segundo dedo do pé é maior que o dedão devido à hereditariedade em alguns grupos étnicos mediterrâneos, especialmente os egípcios.

5. Unhas dos dedos do pé encravadas

Muitos recém-nascidos têm unhas macias que se dobram e encurvam facilmente. Porém, elas não são verdadeiramente encravadas porque não entram na carne.

Cabelo

1. Cabelo temporário

Os cabelos ao nascimento, na maioria das vezes, são escuros. Este cabelo é temporário e começa a cair por volta de 1 mês de idade. Em alguns bebês ele cai gradualmente enquanto o cabelo permanente está nascendo; em outros isto acontece rapidamente e o bebê fica temporariamente careca. O cabelo permanente aparecerá por volta dos 6 meses e pode ter uma cor completamente diferente do inicial.



Fonte: Boa Saúde

Cerca de 60% das causas de cegueira infantil são evitáveis, alerta especialista


O último levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia aponta que 43% das crianças cegas no mundo perderam a visão por causas evitáveis ou tratáveis. E, segundo especialistas do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), os conhecimentos médicos já permitem a prevenção ou o tratamento efetivo de pelo menos 60% das doenças que cegam crianças.

"Muitos pais deixam para buscar suporte oftalmológico em estágios avançados de doenças. Os menores sinais podem relevar muito sobre a saúde ocular da criança. O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento efetivo", esclarece o oftalmologista Mario Jampaulo, do HOB.

As causas evitáveis são aquelas que podem ser totalmente preveníveis ou tratáveis para preservar a visão da criança. Em todas as etapas da infância, a criança está sujeita ao aparecimento de problemas oftalmológicos, e é fundamental a atenção dos pais aos menores sinais de irregularidades.

Fases da infância e problemas oftalmológicos

Desde o nascimento, a criança deve passar por exames para identificar algum problema ocular. "Após o parto, todo pediatra deve realizar o teste do olhinho. É lei. O médico foca uma luz em frente ao olho do bebê e verifica se há um reflexo vermelho vindo do fundo do globo ocular do recém-nascido. Se o olho reflete a luz vermelha, o olho da criança está sadio", explica o oftalmologista. O teste denuncia catarata congênita, tumor e possíveis alterações embrionárias.

Até os dois anos de idade, sinais perceptíveis aos pais no dia-a-dia podem indicar que a saúde ocular do bebê não está bem. Por exemplo, um lacrimejamento excessivo poderia sinalizar desde uma obstrução do canal lacrimal até um glaucoma congênito. Nesses casos, seria importante a consulta a um oftalmologista.

Dos dois aos cinco anos de idade, pode surgir o estrabismo acomodativo – diferença de alinhamento entre os olhos. "Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, maior o sucesso do tratamento, uma vez que o dano causado à visão só é reparado até os oito anos de idade". Segundo Jampaulo, o tratamento é simples e eficaz, consistindo em tampar o olho sadio para estimular a visão do estrábico, mas podendo ser necessário o uso de óculos e até de cirurgia.

O início da idade escolar também deve servir como referencial para pais e professores ficarem atentos aos problemas de refração nas crianças. "O desinteresse pela aula e a dificuldade de aprendizagem devem servir de alerta. É muito importante que as instituições de ensino façam avaliações de rotina para identificar possíveis problemas refrativos", alerta o especialista.

Além disso, Jampaulo destaca que os pais devem levar as crianças para uma consulta oftalmológica antes do início das aulas. "Problemas como miopia (dificuldade para enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto) e astigmatismo (imagem se forma em mais de um ponto na retina) podem afetar o desempenho escolar das crianças", explica.

Durante a pré-adolescência e a puberdade (entre 13 e 20 anos), as pessoas estão mais sujeitas ao aparecimento do ceratocone, irregularidade não-inflamatória que acomete uma a cada duas mil pessoas. O problema, às vezes, é estimulado pelo hábito de coçar os olhos em excesso, levando a córnea a sofrer mudanças em sua estrutura, obtendo o formato de cone.

Segundo o oftalmologista, os sintomas do ceratocone, muitas vezes, não são percebidos. "O adolescente não sente dor ou sequer lacrimeja, mas apresenta uma forte sensibilidade à luz e uma baixa qualidade de visão, mesmo utilizando óculos", esclarece. O ceratocone não tem cura, e a córnea não volta a seu estado original, mas os tratamentos disponíveis conseguem corrigir altos graus de astigmatismo, estabilizar o problema e reduzir a deformidade da córnea. Astigmatismo, hipermetropia e miopia também ocorrem nesta faixa etária.

Fonte: ATF Comunicação Empresarial/ Hospital Oftalmológico de Brasília.

 
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