sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Carnaval 2009

Super Ane Deseja Bom Carnaval!!

Dicas para aproveitar o Carnaval com Saúde


O Carnaval começa hoje, e aqui vão algumas dicas para divertir-se sem adoecer:

  • Alimentar-se bem! Tomar um café da manhã reforçado, rico em proteínas (como queijo e frios) e carboidratos (como frutas e pão) para repor as energias perdidas na folia.
  • Evitar frituras e comidas pesadas que provocam sensação de cansaço e sonolência, estragando sua disposição para pular naquele bloco.
  • Fazer refeições leves e equilibradas em intervalos mais curtos que o normal.
  • Ter cuidado no armazenamento dos alimentos. Armazená-los em locais limpos e refrigerados, para que não haja contaminação, podendo causar infecções intestinais. Cuidado principalmente com maionese, que deteriora com minha facilidade!
  • Na hora da folia, sachês de mel, banana-passa e barrinhas de cereais ajudam a manter o pique e podem ser levados no bolso.
  • Não consumir bebidas alcoólicas de estômago vazio. Intercalar a bebida com água mineral para não desidratar. Nunca dirigir depois de beber.
  • Aliás, ingerir mais água é fundamental neste período.

Bom Carnaval!!!! Brinque, mas não adoeça!

Fonte: saudealternativa.org

* Super Ane Deseja Bom Carnaval e Felicidades!! *





quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Projeto Horta


Um terreno baldio dentro da escola. Em muitos lugares isso poderia ser um grande empecilho, servir indevidamente como depósito de lixo ou como "área de concentração inadequada de alunos". Mas na Escola Estadual Professora Fleurides C. Menechino, em Adamantina, interior de São Paulo, o problema virou solução. Os estudantes e a professora de Ciências, Maria Amélia Wolff Ferreira, transformaram o local ocioso em uma horta.

O projeto teve início em agosto de 2003, com aproximadamente 30 alunos das oitavas séries, mas, ao todo, 320 estudantes participam esporadicamente das atividades. Com a orientação da professora, eles limparam o terreno de 800 m², instalaram a irrigação, adubaram a terra e iniciaram o plantio. "A horta virou o assunto da escola, todos querem cuidar dela", conta a professora Maria Amélia. De manhã, nos intervalos das aulas, os estudantes se dividem em pequenos grupos para irrigar as hortaliças. No período da tarde, todos os dias, cerca de dez alunos vão à escola voluntariamente para dedicar duas horas e meia ao cultivo de alface, rúcula, almeirão, cenoura, mostarda, chuchu, espinafre, etc. A produção é utilizada na merenda da escola e o restante dividido entre os participantes do projeto. "Nos períodos de férias, doamos tudo o que colhemos para a Santa Casa de Misericórdia de Adamantina. Eles recebem mais ou menos 30 quilos de verdura por semana", diz a professora. A interação entre os moradores da cidade e o projeto beneficia a todos. Através de parcerias com a comunidade, a escola ganhou mangueiras, palanques, adubos, sementes e ferramentas.

A prática desperta o interesse

Além de complementar a merenda escolar e a alimentação de algumas famílias, o Projeto Horta tem sido um verdadeiro laboratório ao ar livre para as aulas de Química, Física, Biologia e Matemática. Os alunos aprendem, na prática, temas como nutrientes do solo, luminosidade, temperatura, fotossíntese, desenvolvimento de plantas, a vida dos insetos e medidas de áreas. "Essas experiências ao vivo despertam o interesse pelas aulas. Os estudantes pesquisam e debatem mais os assuntos. O aprendizado deles melhorou muito", afirma Maria Amélia. Ela também desenvolveu uma apostila para ensinar os alunos a montarem suas próprias hortas no quintal de casa. A distribuição desse material faz sucesso na escola. "Todos me pedem e muitos já estão cultivando seus canteiros", conta, orgulhosa, a professora.

Para implantar o projeto na sua escola, você vai precisar de:

Um terreno para desenvolver a horta.
Apoio dos alunos, dos outros professores e da comunidade.
Recursos como palanques, arames, adubos, sementes e ferramentas necessárias ao cultivo de hortaliças.
Parcerias com os comerciantes locais.
Ajuda de instituições que tenham cursos de Agronomia ou Técnicas Agrícolas. Talvez eles tenham alunos interessados em auxiliar sua escola na organização da horta.

Veja algumas dicas da professora Maria Amélia para organizar uma horta

O tamanho da horta deve ser calculado para produzir hortaliças suficientes para o consumo de toda a escola. Calcule sempre 10 m² por pessoa.
Escolha o melhor local observando se o terreno é plano ou levemente inclinado, livre de ventos fortes e frios, um local que receba luz do sol a maior parte do dia, perto de poço ou fonte e livre de inundações.
Não deixe de cercar o espaço da hora, isso evita estragos de animais domésticos.
Consiga boas ferramentas e comece o plantio.
As vantagens de ter uma horta em sua escola

Fornece vitaminas e minerais importantes à saúde dos alunos.
Diminui os gastos com alimentação na escola.
Permite a colaboração dos estudantes, enriquecendo o conhecimento deles.
Estimula o interesse das crianças pelos temas desenvolvidos com a horta.

*Karen Jardzwski Fonte: http://www.portalensinando.com.br

A Obesidade Infantil Já Atinge Cerca de 10% das Crianças Brasileiras


"A obesidade infantil aumentou cinco vezes nos últimos 20 anos no Brasil, acusa a nutricionista Sylvia Elisabeth Sanner, de São Paulo. Entre as principais consequências, ela cita aumento de casos de diabetes e problemas cardiovasculares, além do aumento dos níveis de colesterol e triglicérides. De acordo com o médico-nutricionista Fábio Ancona Lopez, vice-presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a obesidade infantil já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras. Independente das cifras, o médico argentino Júlio Ribeiro afirma, categórico, que a obesidade é uma das piores aquisições da civilização".

O Que é Obesidade

A obesidade é uma enfermidade crônica que se acompanha de múltiplas complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura em uma magnitude tal que compromete a saúde, explica o Consenso Latino Americano em Obesidade. Entre as complicações mais comuns está o diabete mellitus, a hipertensão arterial, as dislipidemias, as alterações osteomusculares e o incremento da incidência de alguns tipos de carcinoma e dos índices de mortalidade.

A obesidade é ainda o resultado de ingerir mais energia que a necessária. Não há dúvidas que este consumo excessivo pode iniciar-se em fases muito remotas da vida, nas quais as influências culturais e os hábitos familiares possuem um papel fundamental. Por isso dizemos que a obesidade possui fatores de caráter múltiplo, tais como os genéticos, psicosociais, cultural-nutricionais, metabólicos e endócrinos. A obesidade, portanto, é gerada pela interação entre fatores genéticos e culturais, assim como familiares.

Ainda de acordo com o Consenso, existe uma clara tendência entre os membros de uma mesma família possuírem um índice de massa corporal (IMC) similar. São várias as publicações científicas que demonstraram uma correlação entre o IMC de pais e filhos, o que sugere que, provavelmente, tanto os genes como um ambiente familiar compartilhado, contribuem ao desenvolvimento da obesidade.

Influência do Patrimônio Genético

De acordo com o Consenso, a variedade biológica das pessoas com relação ao armazenamento do excesso de energia ingerida é muito grande. Este fato está estreitamente relacionado com a suscetibilidade individual e seu patrimônio genético. Com base nos estudos de epidemiologia molecular, é possível afirmar que o número de genes associados ou relacionados com a obesidade gire em torno de 20.

Em função disso, algumas pessoas nunca chegarão a ter sobrepeso ou obesidade, outras podem aumentar de peso na medida que aumentam de idade, e outras ainda podem iniciar o aumento de peso desde a infância e mantê-lo em idades posteriores.

Estudos citados pela Profa. Marília, publicados pelo International Journal of Obesity em 1988, envolvendo 1698 pessoas de 409 famílias diferentes, concluíram que a participação genética na situação de obesidade chegou a 25% dos casos e variou até 30%, quando analisada a distribuição andróide de gordura.

Outras análises estatísticas confiáveis confirmaram que 25% da variação transmissível total é atribuída ao fator genético, e atribuíram ainda 30% à transmissão cultural e 45% a outros fatores ambientais não transmissíveis. Ou seja, a interação genético-ambiental é a que promove o desenvolvimento da obesidade no indivíduo.

Portanto, acreditam os médicos e especialistas de diversas áreas participantes do Consenso, é possível reduzir a influência da suscetibilidade genética efetuando-se modificações na cultura alimentar familiar e também da população como um todo, através de programas de prevenção e educação.

Fatores Psicológicos Também Influem na Obesidade

Também se leva em conta a influência das desordens emocionais e dos fatores psicológicos na prevalência da obesidade. De acordo com alguns autores da psicologia, citados pelo psicólogo Fernando Falabella Tavares de Lima em artigo publicado no site Bibliomed, do grupo eHealth Latin America, mecanismos psíquicos de fixação oral, regressão oral e supervalorização dos alimentos são de grande impacto na forma como as pessoas desenvolvem hábitos alimentares. É comum, por exemplo, que uma história passada de depreciação da imagem corporal e insuficiente condicionamento primitivo do controle do apetite leve aos transtornos alimentares, tais como a bulimia, a anorexia e também a obesidade.

No entanto, além das influências genéticas, psicológicas e familiares, o fenômeno migratório do campo para a cidade, característica das mudanças ambientais mais importantes deste século na América Latina, foi dos fatores mais importantes para o incremento dos índices de obesidade. Acrescentou-se nos hábitos de vida o sedentarismo e o consumo de alimentos processados com maior conteúdo de gorduras, carboidratos e menor aporte de fibra. Os aspectos sociais da obesidade são abordados nesta reportagem mais à frente.

A Obesidade na Infância

Segundo o Manual de Psiquiatria Infantil, de 1983, uma criança é considerada obesa quando ultrapassa em 15% o peso médio correspondente à sua idade, desde que o excesso de peso corresponda ao acúmulo de lipídios, fato que pode ser avaliado pela espessura da prega cutânea. No entanto, não é fácil estabelecer parâmetros que definam, com precisão, o limite entre peso normal, sobrepeso e obesidade.

De acordo com a professora Marília de Brito Gomes, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), não há como separar o termo obesidade de excesso de gordura corporal. "Admite-se que para a raça humana, a percentagem de gordura corporal situe-se entre 15 e 18% para o sexo masculino e entre 20 e 25% para o sexo feminino. Podem ser considerados obesos os homens com percentual superior a 25% e as mulheres com mais de 30%".

Desnutrição Intrauterina Pode Favorecer Obesidade na Infância e Vida Adulta

Há ainda o fator da desnutrição intrauterina, que pode predispor a criança à obesidade. De acordo com estudos apresentados no Consenso Latino Americano para Obesidade, quando existe desnutrição intrauterina, sobretudo a partir da 30ª semana de gestação, e até que a criança cumpra um ano de idade, se produz um aumento da sensibilidade para a proliferação de adipositos.

Se estas crianças recebem um aporte maior que o necessário da etapa pós-natal e principalmente durante os dois primeiros anos de vida, desenvolvem obesidade com maior facilidade, diz o estudo, aparentemente devido a modificações dos centros reguladores do apetite, situados no sistema nervoso central. Outras pesquisas projetam que estas crianças, ao crescer, apresentarão maior incidência de resistência à insulina, diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial e enfermidade coronária. Estas condições se evitam se não for favorecida a dita sobrenutrição pós-natal.

Acompanhamento Alimentar na Infância

Visando a prevenção do aumento da população obesa no país, é essencial que se tome por ponto de partida o acompanhamento alimentar rigoroso na infância, mesmo desde o nascimento. Segundo a nutricionista com consultório em São Paulo, Sylvia Elisabeth Sanner, a obesidade infantil está relacionada, logo na primeira infância, com o desmame precoce e a utilização de farinhas para "engrossar" o leite das mamadeiras. Diferentemente do leite materno, o leite de vaca usado na mamadeira contém sódio e gordura já em excesso. É recomendável, portanto, que o recém-nascido tome o leite materno até, no mínimo, o sexto mês.

Outro fator, apontado pela Dra. Sylvia, é o aumento do consumo, por parte das crianças, de alimentos industrializados do tipo "junck food", como, por exemplo, salgadinhos em pacote, que possuem elevados teores de sal, colesterol e calorias. Da mesma forma, o aumento do consumo de "fast food" influencia significativamente o crescente consumo de alimentos gordurosos, como maionese e batatas fritas.

O fato das crianças acostumarem-se com o sabor doce logo nos primeiros meses de vida, quando muitas mães acrescentam açúcar às mamadeiras de leite, também contribuiu para o elevado consumo de açúcar entre as crianças, sendo um dos motivos da obesidade infantil, na avaliação da especialista.

Além disso, ela ressalta, o sedentarismo, devido a muitas horas na frente da televisão, também tem grande influência, pois a diminuição da atividade física leva ao menor gasto energético.

A nutricionista não deixou de ressaltar o papel nocivo da propaganda a que as crianças são submetidas, com todo o apelo publicitário para que consumam doces e outros alimentos de alto valor energético, mas que fornecem poucos micronutrientes como vitaminas e minerais, essenciais para a boa saúde.

A Dra. Sylvia levou em conta ainda, em entrevista exclusiva, a falta de informações sobre alimentação saudável e equilibrada. "O grau de instrução da mãe é relevante como indicador da qualidade de alimentação da criança", avaliou.

Prevenção da Obesidade Infantil

Para a Dra. Sylvia, é importante que as crianças, já a partir dos 4 ou 6 meses de vida, tenha uma dieta variada, colorida, que possua sabores e texturas diferentes, uma vez que os seus hábitos alimentares serão formados ainda nos seus primeiros anos. Ela recomenda que os horários das refeições sejam bem estabelecidos e que se evite longos períodos sem alimentação. "Nos intervalos das refeições principais devem ser incluídos lanches que podem conter, por exemplo, leite, frutas e pão, ou cereais", ensina.

De acordo com a nutricionista, para que a criança tenha uma alimentação equilibrada, é recomendável que consuma, pelo menos, um alimento de cada um dos três grupos abaixo, em cada refeição:

- Reguladores: frutas, verduras e legumes. São as fontes de vitaminas, minerais e fibras;

- Energéticos: cereais, pães, macarrão, batata, mandioca, farinhas, etc. Estes são as fontes de carboidrato, que fornecem energia ao organismo.

- Construtores: são ricos em proteínas, cálcio e ferro e compreendem as carnes de vaca e frango, peixes, ovos, leite e derivados e as leguminosas como os feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico, soja, etc.

Além disso, a nutricionista Sylvia recomenda que se aumente o nível de atividade física da criança, que se diminua os alimentos gordurosos, excluindo as frituras do seu cardápio e utilizando pouco óleo na preparação dos alimentos. Ela acrescenta ainda que se substitua os refrescos artificiais e os refrigerantes por sucos naturais de frutas, além de diminuir o consumo de doces e açúcar e dos alimentos de "fast food" e "junck food", dando sempre preferência aos alimentos frescos e naturais. Pesquisas demonstraram que é importante que o teor de gordura nunca ultrapasse 25% do total da alimentação da criança.

Em crianças que já sofrem com a obesidade, sugere-se uma educação nutricional, e não uma dieta, para que os resultados sejam de longo prazo. Do mesmo modo, é importante que a família também siga as mesmas normas alimentares, e que não se utilize o alimento como prêmio ou punição na educação da criança. De acordo com estudos sobre o assunto, 20% das crianças têm sucesso no tratamento da obesidade. O Dr. Fábio Ancona Lopez, vice-presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, chegou a afirmar que as chances de vencer a obesidade diminuem à medida que o problema persiste na adolescência e na fase adulta, chegando a diminuir em 80% para quem é adulto. O alerta do pediatra serve para que a obesidade seja identificada e que a criança seja encaminhada para tratamento o mais rápido possível.

Uma Conta Cara

Com base no cardápio básico sugerido pela Dra. Sylvia, chegamos a uma lista de compras mensal de produtos normalmente considerados como baratos, como banana, laranja, maçã, arroz, feijão, macarrão, frango, pão, leite, alface, tomate, cenoura, cebola, batata, margarina, sal e óleo. No Pão de Açúcar, tradicional rede brasileira de supermercados, esta compra básica, em quantidades que serviriam a apenas uma criança no período de um mês, custaria R$ 104,48, equivalente a pouco mais de 2/3 do salário mínimo.

Nesta conta, os alimentos reguladores da lista, banana, laranja, maçã, tomate, cebola, cenoura e alface, correspondem a 41,23%, ao passo que os energéticos, compostos pelo pão, arroz, batata e macarrão, correspondem a 19,41% e os construtores, que incluem o leite, o frango e o feijão, levam 39,96%. É natural que em uma família que viva com um salário mínimo de R$ 151,00, para alimentar em média quatro pessoas, priorize-se o grupo alimentar mais barato, ou seja, o dos energéticos. Coincidentemente, é também o grupo mais calórico.

Os Índices da Obesidade Relacionam-se Com a Pobreza das Populações, Mas Também Com o Seu Avanço na Distribuição de Alimentos

A obesidade tomou proporções epidêmicas. A conclusão é unânime entre os estudiosos do tema. No último Congresso da Sociedade Internacional para o estudo da Obesidade (IASO), em Paris, durante o Simpósio Latino-americano de 10 de setembro de 1998, se apresentaram cifras bastante contundentes: somente no Brasil houve um crescimento da prevalência de sobrepeso e obesidade de 53% ao comparar os censos dos anos 74/75 com o de 89. Ao continuar neste ritmo, todos os brasileiros serão obesos na primeira metade do terceiro milênio. Ao contrário do que se poderia pensar, o crescimento epidêmico é predominante nas classes menos favorecidas.

Segundo o Consenso Latino-Americano em Obesidade, estudos epidemiológicos em populações latino-americanas têm relatado dados alarmantes: na mesma medida em que se consegue erradicar a miséria entre as camadas mais pobres da população, a obesidade sobrepõe-se como um problema mais freqüente e ainda mais grave que a desnutrição. "É o fenômeno da transição nutricional, que sobrecarrega nosso sistema de saúde com uma demanda crescente de atendimento a doenças crônicas relacionadas com a obesidade", informa o relatório, que estima que 200 mil pessoas morram anualmente em decorrência destas complicações na América Latina.

O documento, produzido pelo trabalho conjunto de dezenas de especialistas de 12 países latino-americanos, das áreas de Medicina, Nutrição, Psicologia e Educação Física, acusa, no entanto, que o tratamento da obesidade continua produzindo resultados insatisfatórios, em função de estratégias equivocadas e pelo mau uso dos recursos terapêuticos disponíveis. A tendência à obesidade, aliada ao progresso, se observa tanto em países tecnologicamente desenvolvidos, como os Estados Unidos, como nos menos desenvolvidos.

O médico argentino Júlio Monteiro, presidente da Federação Latino-Americana de Sociedades de Obesidade, a FLASO, em entrevista à revista da ABESO (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade) também salienta a associação da obesidade com a pobreza na América Latina: "A doença nunca se relaciona com a miséria", alerta o estudioso, "porque, neste caso não há possibilidades de compra de alimentos de nenhum tipo". Ele considera que há obesos por ignorância e outros por estilo de vida, o que torna as estatísticas contraditórias. "De qualquer maneira, creio que o Brasil tenha as melhores estatísticas, com um índice de obesidade e excesso de peso em torno de 40% da população", declara. Ele acredita que a obesidade é uma das piores aquisições da civilização.

O médico, ex-presidente da Sociedade Argentina de Estudos de Obesidade, pensa que os Estados Unidos são o país que mais investe na pesquisa da obesidade, até porque o problema lá é muito grave. "A alimentação dos americanos é capaz de permitir o desenvolvimento de fatores genéticos da obesidade", pondera, acrescentando um dado alarmante: se o curso do avanço da obesidade nos EUA não for alterado, em 230 anos toda a sua população será obesa. "Se pensarmos bem, em termos históricos, 230 anos não é tanto", disse ele à revista da Abeso.

O professor João Régis Ivar Carneiro, da Seção de Diabetes e Metabologia da Faculdade de Ciências Médicas, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), concorda com o colega argentino, citando o economista John Kenneth Gailbraith, que, em 1958, escreveu em seu livro The Affluent Society que nos Estados Unidos morrem mais pessoas por excesso do que por falta de comida. "É inadmissível a extrapolação desta observação para a realidade vigente nos países subdesenvolvidos", diz.

De acordo com a nutricionista Sylvia, entrevistada para esta reportagem, não é de se admirar que também entre as faixas de baixa renda a obesidade seja um problema grave. "Mesmo entre a população de baixa renda há o consumo de refrigerantes, salgadinhos e alimentos gordurosos". No entanto, ela acredita que "esta população pode utilizar melhor o dinheiro que dispõe para a compra de alimentos, substituindo os refrigerantes por sucos de frutas, diminuindo o consumo de gordura, indo à feira livre no final, quando os preços das verduras, legumes e frutas estão mais baixos". É uma questão de educação alimentar, tarefa que começa a tornar-se de saúde pública.

Existem alternativas, segundo a Dra. Sylvia, para que as famílias de baixo poder aquisitivo façam refeições nutritivas e de teor calórico menos elevado. "Muitas vezes as folhas de cenoura, beterraba, brócolis e outras são dadas de graça pelos feirantes. Estas são excelentes fontes de vitaminas e minerais, podendo ser refogadas ou utilizadas em sopas e outras preparações", ensina, acrescentando que "É possível ter uma alimentação equilibrada gastando-se pouco dinheiro, como neste exemplo de refeição: Arroz, Feijão, Salada de Alface e Tomate e Laranja".

Conclusões do Consenso Latino Americano

Algumas foram as conclusões a que chegaram os estudiosos que formularam o Consenso Latino Americano para a Obesidade. Em especial, após identificarem a grave situação existente, algumas etapas de intervenção foram definidas: primordialmente, pensam os pesquisadores, é necessário que se tenha uma alimentação saudável mantida através de todo o ciclo de vida de acordo com os hábitos e costumes e padrões alimentares das populações que conformam a cultura alimentar dos povos. Para consegui-lo é necessário manter os princípios de que seja adequada, suficiente, harmônica e que esteja de acordo com as condições de saúde e nutrição das pessoas e das populações.

Também nesta etapa é necessário que se reintroduza a atividade física regular, retirada do costume dos povos com o advento de confortos tecnológicos crescentes. O documento indica ainda a revisão dos currículos escolares para que incluam classes de educação física com uma freqüência de pelo menos três vezes por semana. Em destaque, o documento aponta a necessidade da educação permanente e sistemática em nutrição, peso saudável, sobrepeso e obesidade a profissionais de saúde e outras disciplinas.

Uma etapa seguinte seria a de prevenção global, onde se introduziriam as mesmas ações citadas anteriormente, mas com amplitude para toda a população, independente das características de peso que tenham. Aí se inclui a formulação de políticas governamentais que guiem e orientem o manejo da situação no nível individual e também no coletivo. Para isso, calculam os estudiosos, requere-se a participação da Indústria Alimentícia, Farmacêutica, ONGs, entidades privadas, instituições acadêmicas, associações científicas e profissionais, grupos organizados da comunidade e pacientes.

Chama-se a atenção, em especial, para a importância da indústria alimentícia e dos meios de comunicação em relação à informação que proporcionam sobre temas de saúde e nutrição. Aí entra também a rotulação dos valores nutricionais dos alimentos. Também devem ser realizadas atividades de prevenção a grupos específicos e de alto risco.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br

Pais são a chave para Evitar a Obesidade Infantil


Os pais são as melhores armas para tentar resolver o crescente problema da obesidade infantil. É o que divulgou ontem a Health Development Agency (HDA) da Inglaterra.

Aproximadamente uma em cada 10 crianças com seis anos de idade apresentam obesidade naquele país. O novo documento preparado e divulgado pelo HDA acredita que a obesidade possa ser prevenida e tratada com uma abordagem integrada, envolvendo pais e escolas.

Segundo autoridades do HDA, a pesquisa indica que os pais podem trazer um enorme impacto positivo, mudando o tipo de alimentação familiar e estimulando a atividade física.

A promoção de atividades físicas escolares, com esportes e jogos, junto com uma dieta familiar simples, consistindo em frutas frescas e legumes em bastante quantidade, podem reforçar hábitos saudáveis. No momento, na Inglaterra, mais de 21 por cento dos homens e 23,5 por cento das mulheres, e 15 por cento dos adolescentes com 15 anos de idade, são obesos.

Fonte: www.boasaude.uol.com.br

A Criança que Puxa as Próprias Orelhas


Definição

Quase todas as crianças pequenas que puxam suas próprias orelhas ou põe o dedo nos ouvidos, não têm outros sintomas, não têm infecção no ouvido. Muitos têm coceira no canal auditivo, causada pela entrada de sabão ou xampu. Alguns acabaram de descobrir suas orelhas e brincam com elas (entre os 6 meses e 2 anos de idade). Se esta conduta só se apresenta quando seu filho está com sono, pode se tratar de um hábito tranqüilizante.

Cuidados domésticos

1- Tratamento

Prepare uma solução de partes iguais de álcool para compressas e vinagre branco. Coloque uma ou duas gotas em cada ouvido diariamente durante 3 dias.

2- Prevenção

- Não deixe entrar sabão ou xampu no conduto auditivo.
- Não introduza cotonetes de algodão no ouvido, pois isto elimina a cera que protege o epitélio do canal, podendo causar irritação ou coceira.
- Após a natação, tire toda a água do canal auditivo virando a cabeça da criança para um lado e puxando o lóbulo da orelha em diferentes direções para ajudar a água a sair.

Procure seu médico em 24 horas se:

- Houver dor de ouvido.
- Houver secreções no ouvido.
- Seu filho tiver febre de mais de 37.8º C ou qualquer sintoma de resfriado.
- A criança continuar puxando a orelha após 3 dias.
- Tiver outras dúvidas ou preocupações.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br

A Criança Birrenta e Teimosa


Definição

A birra é uma fase normal, pela qual passam a maioria das crianças entre os 18 meses e 3 anos de idade. Começa quando as crianças descobrem que têm o poder de se negar a responder às solicitações de outras pessoas e em geral, são mais obstinadas do que cooperativas. Elas se comprazem em recusar uma sugestão, não importa se para vestir-se ou despir-se, tomar um banho ou sair da banheira, deitar-se ou levantar-se da cama.

Como tratar uma criança nesta fase?

Considere as seguintes recomendações que podem proporcionar ajuda a você e a seu filho durante esta etapa.

1. Não se ofenda por esta fase normal.

Quando seu filho diz "não" ele quer dizer "Tenho que fazer isto?" ou "Você está falando sério"? Esta resposta não deve ser confundida com falta de respeito. Esta fase é importante para a autodeterminação e identidade da criança. Veja-a com senso de humor.

2. Não castigue seu filho por ele dizer "não".

Castigue seu filho pelo que ele faz e não pelo que ele fala. Como você não pode eliminar o "Não", ignore-o. Se você discutir com seu filho por ele dizer "não", prolongará este comportamento.

3. Dê a seu filho outras opções.

Esta é a melhor maneira de fazer com que seu filho sinta que tem mais liberdade e controle, e isto por sua vez fará com que ele esteja mais disposto a cooperar. Alguns exemplos de opções são deixar que seu filho escolha entre um banho de chuveiro ou de banheira; qual livro ele quer ler; quais brinquedos levará para a banheira; que fruta comerá no lanche; que roupa ou sapatos vai colocar; que cereal comerá no desjejum; de que brincará, dentro ou fora de casa, no parque ou no quintal; e assim sucessivamente. Para as tarefas que não agradem a seu filho, deixe que ele tenha opinião a respeito, perguntando a ele "Quer fazer isso depressa ou devagar?" ou "Quer fazer isto, ou quer que eu faça?" Quanto mais rápido seu filho tiver a impressão de que é ele quem toma as decisões, mais rápido ele passará por esta fase.

4. Não dê a seu filho uma opção quando não houver nenhuma opção

As regras de segurança, tais como sentar no assento de segurança do automóvel, não estão sujeitas a discussão, ainda que você possa explicar o motivo pelo qual se deve obedecer a esta regra. Deitar-se à noite ou ir à escola também não são negociáveis. Não faça uma pergunta quando só existe uma resposta aceitável, mas guie seu filho de forma tão amável quanto possível (por exemplo, "Sinto muito, mas agora é hora de dormir") As ordens como "Faça isto ou você vai ver" devem ser evitadas.

5.Proporcione tempo de transição para a mudança de atividades.

Se seu filho estiver se divertindo e deve mudar para outra atividade, provavelmente será necessário tempo de transição. Por exemplo, se seu filho está brincando com os carrinhos quando está quase na hora do jantar, avise-o 5 minutos antes. Algumas vezes, um relógio de cozinha é útil para que uma criança aceite a alteração.

6.Elimine as regras excessivas.

Quanto mais regras houverem, menos provável é que seu filho se conforme em obedecê-las. Elimine as expectativas desnecessárias e as discussões a respeito se ele colocará meias ou se comerá tudo o que tem em seu prato. Ajude seu filho a se sentir menos controlado tendo diariamente mais interações positivas do que contatos negativos.

7.Evite responder aos pedidos de seu filho com um número excessivo de negativas.

Seja um modelo de afabilidade para seu filho. Quando seu filho lhe pede algo e você não está segura quanto ao pedido, diga "Sim" ou adie a decisão dizendo "Vou pensar". Se vai conceder o pedido, faça-o imediatamente, antes que seu filho comece a resmungar ou suplicar. Quando for necessário dizer "não" diga a ele que lamenta e dê um motivo.

Procure médico para uma consulta de rotina se

Você ou o seu cônjuge não puderem aceitar a necessidade que seu filho tem de dizer "não".

- Você ou seu cônjuge tiverem dificuldade para controlar suas irritações.
- Seu filho tiver vários outros problemas de disciplina.
- Estas orientações não produzirem uma melhora durante o primeiro mês.
- Tiver outras perguntas ou preocupações.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"Meu filho não tem apetite"


Às vezes os bebês comem apenas um pouco. Isto pode causar grande preocupação nas mães, que insistem que seu filho coma, mesmo que não tenha fome. É uma das queixas mais comuns da consulta pediátrica. Geralmente a mãe menciona que "meu filho não tem apetite". O que acontece é que o apetite de um bebê se relaciona com suas necessidades energéticas. Quando fazem muita atividade, as crianças comem mais. Se ao contrário, gastam menos energia, não têm fome.

Os especialistas afirmam que as variações de apetite são normais, sempre que a criança se mantenha ativa e cresça normalmente. Além disso, se a criança comer alguma coisa fora de hora, como um biscoito ou um chocolate, é provável que na hora de almoçar não tenha apetite.

O ser humano, em função do seu crescimento, cumpre determinadas etapas. "Nos primeiros seis meses de vida, o bebê tem uma incorporação de tecido gorduroso muito grande e um crescimento acelerado, tendo uma demanda de alimento muito importante.Esta demanda começa a diminuir à partir dos seis meses.

Dos 15 meses aos três anos, eles atravessam uma etapa de inapetência fisiológica, que é funcional, e de alguma forma deve ser respeitada.

O momento dos hábitos alimentares

Na etapa de inapetência fisiológica se consolidam os hábitos alimentares. Porém, é neste momento que as mães fazem o maior número de consultas porque seus filhos "não comem". O que acontece é que as mães estão habituadas a ver seus filhos comerem toda a quantidade que lhes era oferecida.

A partir de um ano e meio, começa um período de socialização, de incorporação de hábitos alimentares, mas também de seleção. Pode acontecer de uma criança gostar muito de um alimento e logo o abandonar.

A partir dos 5 ou 6 anos, o pré-escolar começa a formar uma maior quantidade de tecido gorduroso e a ter um crescimento mais acelerado. Como conseqüência, a demanda de energia é maior.

É importante, nessa época, consolidar corretos hábitos alimentares. A consulta com o pediatra por inapetência costuma coincidir com o fato de que a mãe, com a ansiedade de que o que a criança se alimente, a persiga com a comida pela casa ou ofereça substitutos que não são importantes do ponto de vista nutritivo, como guloseimas, salgadinhos ou bebidas com aditivos e açúcar. Desta maneira, sua conduta alimentar se altera.

A criança sabe que se não comer, obterá o que quer

Às vezes, a inapetência fisiológica ou normal, se estabelece por circunstância do contexto familiar, mas também, a inapetência pode ser secundária a uma patologia aguda.

São freqüentes as consultas relacionadas à falta de apetite, quando a criança padece de um transtorno respiratório ou gastrointestinal. Tanto as crianças como os adultos, ficam inapetentes quando doentes, e isto é normal.

Alimentos e afetos

A relação da família com a criança, através da comida, tem uma grande importância, mas deve-se tentar que esta não se torne super dimensionada, para que a necessidade de agradar ao filho e de cuidá-lo não se estabeleça somente através da comida.

Quando a inapetência se estabelece, deve-se verificar o aumento de peso e a estatura da criança. Os médicos dispõem de tabelas de referência (ver gráfico de crescimento e desenvolvimento), segundo o sexo. Com estas informações, vão avaliando o paciente. Se a criança está fora da curva de crescimento adequada, sem uma causa aparente, os especialistas avaliarão se esta inapetência é relevante em relação a uma doença ou patologia.

O importante é ver em que contexto está inserida a inapetência, porque as vezes está relacionada com a história familiar. Não se pode analisar somente o componente orgânico, do ponto de vista dos nutrientes que são incorporados, mas também investigar o lado familiar, recomenda a especialista. Há crianças que por falta de afeto, não se alimentam.

Podem também haver outros motivos, como por exemplo, a competição com os irmãos. A inapetência surge sempre dentro de um contexto; com quem a criança se alimenta, se quando chega da escola encontra uma comida rápida preparada, ou se porventura é uma criança que nunca realiza as refeições com a mãe e com seus irmãos. Todos estes são fatores que devem ser considerados, quando se está frente a uma criança inapetente.

Fonte: www.boasaude.uol.com.br

Vacinas - Para que servem as Vacinas?


As vacinas são produzidas a partir dos próprios vírus ou bactérias e têm capacidade de estimular o sistema imunológico da criança a produzir anticorpos contra as doenças que eles causam.

Uma vez vacinada, caso a criança entre em contato com estes vírus ou bactérias, o seu sistema imunológico terá condições de reconhecê-los e prontamente eliminá-los.

A vacina é uma maneira simples e eficiente de se previnir de uma doença.

Meu filho terá efeitos colaterais das vacinas?

As vacinas podem causar algumas reações. Em geral são benignas e de curta duração (até 48-72 horas). As mais comuns são febre, dores pelo corpo e dor no local da vacinação, que podem ser amenizadas com o uso de analgésicos como o paracetamol, indicado no alívio das reações pós vacinais (dor e febre) (1).

É importante que meu filho tome as vacinas que não fazem parte do calendário oficial?

As vacinas que não fazem parte do calendário oficial de vacinação podem ser muito úteis porém esta decisão deve ser discutida com o pediatra.

Ele vai levar em conta alguns fatores, como o risco que seu filho tem de contrair a doença em questão e sua gravidade e a eficácia da vacina, dentre outros.

Se for necessário, ele certamente a orientará a administrá-las.

Doenças da infância que podem ser previnidas.

Tuberculose
Suas formas graves (como a minigite tuberculosa e a tuberculose militar) podem ser evitadas com o uso da vacina BOG intradérmica.

Difteria, Têtano e Coqueluche
São três doenças bacterianas graves que podem ser evitadas com o uso da vacina tríplice DPT, convencional ou acelular. Doses de reforço devem ser ministradas de 10 em 10 anos utilizando-se a vacina DUPLA ADULTO (dT).

Poliomielite
Doença que pode provocar a "paralisia infantil". É previnida com a vacina oral contra a poliomielite VOP (vacina SABIN), ou com a vacina de vírus inativados, IPV (vacina SALK).

Infecções causadas pelo Haemophilus influenza tipo b.
A vacina contra Haemophilus influenza tipo b (Hib) protege contra formas graves da infecção por esta bactéria (meningite e pneumonia, principalmente).

Hepatite B
É uma doença que pode ocorrer em qualquer idade e evoluir para formas crônicas e levar ao câncer de fígado.A vacinação é realizada ao nascimento, com 1 mês e 6 meses de vida.

Sarampo, Caxumba e Rubéola
A vacina tríplice SCR protege contra esses três doenças virais.

Varicela
Também chamada de catapora, é causada por um vírus, é muito contagiosa e provoca febre e lesões da pele. Pode apresentar formas mais graves (variocela hemorrágica) ou levar a complicações importantes causadas por bactérias.

Hepatite A
Doença viral altamente prevalente em países onde o saneamento básico é precário. Frequentemente após os meses de férias escolares de verão. Geralmente é autolimitada, porém incapacita o indivíduo por vários dias. Raramente pode levar a óbito (forma fulminante).

Infecções causadas pelo Pneumococo
A infecção por esta bactéria pode causar várias doenças como a faringite, a otite, a pneumonia, a meningite, as bacteremias e as sinusites.

Calendário da Vacinação

Idade
Vacinas

Ao nascer
BCG, Hepatite B

1 mês
Hepatite B

2 meses
Poliomielite (oral ou injetável), Haemophilus tipo b,Tríplice (Convencional ou Acelular), Pneumococo conjugada*

3 meses
Meningo conjugada*

4 meses
Poliomielite (oral ou injetável),Haemophilus tipo b,Tríplice convencional (Convencional ou Acelular), Pneumococo conjugada*

5 meses
Menigo conjugada

6 meses
Hepatite B, Poliomielite (oral ou injetável), Haemophilus tipo b, Tríplice (convencional ou acelular), Pneumococo conjugada**

7 meses
Meningo conjugada*

6 ou 9 meses
Febre amarela*

12 meses
Hepatite A**, SCR (Sarampo, Cachumba e Rubéola), Pneumococo conjugada**.

15 meses
Poliomielite (oral ou injetável), Tríplice (convencional ou acelular).

18 meses
Hepatite A**

4 a 6 anos
Poliomielite (oral ou injetável), Tríplice (convencional ou acelular), SCR (Sarampo, Cachumba e Rubéola).

14 a 16 anos
Dupla (dT)

* De acordo com a situação epidemiológica
** Aplicar quando possível ou disponível

Este calendário contempla a maior parte das vacinas, e é utilizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, mas os calendários de vacinação não são iguais em todos os Estados, podendo portanto, sofrer pequenas alterações. Por isso, consulte sempre o seu pediatra ou posto de saúde mais próximo.

Referências:

1. Bula do Tylenol® Gotas, Bebê e Criança.

Texto revisado pelo Dr. Calil K. Farhat- CRM: 8654/SP

Contra-indicação: Tylenol® não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade ao paracetamol. Reg.M.S. 1.1236.3326.Não use produtos Tylenol® juntamente com outros produtos que contenham paracetamol. Em caso de alergia ao paracetamol ou a qualquer um dos componentes da fórmula, a administração do produto deve ser descontinuada.. Para crianças abaixo de 11 Kg ou 2 anos, consulte seu médico antes do uso. Não utilize para dor por mais de cinco dias ou para febre por mais de três dias, exceto por orientação médica. Informe seu médico sobre quaisquer medicamento que esteja utilizando, antes do início ou durante o tratamento. Em caso de superdose acidental, procure imediatamente um médico ou centro de intoxicação. O suporte imediato é fundamental para adultos e crianças, mesmo se os sinais e sintomas de intoxicação não estiverem presentes.Usuários crônicos de bebidas alcoólicas podem apresentar um risco aumentado de doenças do fígado caso seja ingerida uma dose maior que a dose recomendada (superdose) de Tylenol®.

Fonte: www.portalmed.com.br

Mulheres Apostam no Coaching para Equilibrar o Sucesso Profissional e Pessoal


Programação Neurolinguística (PNL) auxilia nas diversas tarefas da vida moderna.

As mulheres estão tomando conta do mercado de trabalho. Isso está acontecendo porque o pensamento de muitas profissionais brasileiras, que querem aliar o sucesso pessoal ao trabalho, é de chegar até a presidência das empresas. Para isso, é preciso ser dedicada e comprometida com os resultados e estabelecer um planejamento em que as competências sejam o foco de desenvolvimento.

No Brasil, alguns dados de pesquisas desenvolvidas pelo IBGE, juntamente com outra empresa de anúncios de empregos, indicam que as profissionais da "sociedade pós-moderna" estão invadindo o mercado de trabalho. Hoje, 44% da população economicamente ativa são mulheres. Nas faixas de 30 a 39 anos, elas ocupam postos de trabalho na proporção de 26,5% contra 20,8% ocupados pelos homens e na de 40 a 49 anos, 20,8% contra 19,1% de homens. A participação de executivas em cargos de gerência cresceu cerca de 10% de 1994 para o inicio de 2007. Hoje, são mulheres gerentes 22,16%, em 94 eram apenas 12,42%. Já existem 15,14% de executivas ocupando cargos de presidência em empresas.

Entretanto, o sexo nada frágil, para alcançar prestígio profissional tem acumulado cada vez mais funções e atividades e, administrar toda essa demanda, é um desafio. A psicóloga e diretora do Instituto Saber, Márcia Dolores Rezende, explica que algumas têm encontrado apoio em profissionais que as auxiliem na hora de tomar decisões, de enfrentar pressões, medos e, ainda que ensinem a como aumentar as competências pessoais da equipe. “Essa grande dificuldade em conciliar o trabalho e vida pessoal e também de alcançar cargos de liderança fazem delas as maiores usuárias de sessões de coaching eficaz com PNL, processo que dá oportunidade para o desenvolvimento de talentos de forma estruturada. Através dessa ferramenta, é possível gerenciar limitações por meio de instrumentos práticos e vivenciado seu dia-a-dia”, destaca.

Márcia afirma que as mulheres se cobram mais que os homens, e lutam mais para chegar onde desejam, sempre querendo mais. Mesmo em pleno século 21, ainda sofrem pressões de crenças que permeiam a atuação profissional.

Segundo as observações da psicóloga, a vontade de receber uma orientação profissional coincide com algumas transformações no plano pessoal e para reestruturar a carreira, as gestoras optam pelo coaching eficaz. “O treinamento personalizado oferece dados para motivar e permitir que as mulheres acreditem em sua capacidade, catalisando mudanças e mobilizando os outros a fazerem o mesmo. Para realizar esses anseios, é fundamental desenvolver competências, liderança, autoconfiança, iniciativa e comunicação, e o coaching eficaz, aliado a uma das áreas da Programação Neurolinguística e da Psicologia Transformacional, facilita e ajuda as executivas a chegarem às metas que almejam”, defende a psicóloga.

Márcia ressalta que o uso das ferramentas da PNL é indicada especialmente para quem deseja devolver o potencial interno de habilidades emocionais. “As instruções transmitidas são feitas a partir de explicações didáticas e exercícios passo a passo que ensinam, na prática, como utilizar o poder da mente a seu favor, equilibrando o profissional com o emocional. Num mercado competitivo o uso da inteligência emocional e social são facilitadores num processo de desenvolvimento”, finaliza.


Sobre a Dra. Márcia Dolores

A psicóloga Márcia Dolores Rezende possui experiência profissional em desenvolvimento humano há 23 anos. Já a Programação Neurolingüística (PNL) passou a fazer parte da sua vida desde 1989. Especializada em RH e T&D, com formação completa em PNL (NLP Health Certification Training), é Trainer Advanced em PNL. Possui a certificação do Internacional Coaching Certification Training e em Master Coaching - Integrated Coaching Institute.


Sobre o Instituto Saber

Instituto Saber, empresa que é líder e inovadora no desenvolvimento de alta performance em recursos humanos tanto no Brasil como no exterior. A equipe de 20 profissionais que atua no instituto atende pessoas físicas e dentro das organizações, com foco em gestão de pessoas, liderança, comunicação. O objetivo é o de facilitar o processo para que cada um alcance os seus estados de excelência através de processos de coaching para que cada pessoa atue no seu melhor, produzindo resultados tornando-se altamente produtivo e diferenciado dentro da organização.

Fonte: SEGS Portal Nacional

Bebês que se Comunicam por Gestos Desenvolvem Vocabulário Maior


O estudo, realizado por dois psicólogos da Universidade de Chicago, concentrou-se em cerca de 50 famílias de diferentes classes sociais e as crianças foram filmadas durante sessões de 90 minutos ao longo de suas atividades em casa.

Pesquisadores descobriram grandes diferenças na expressão gestual dos pequenos, de acordo com o nível socioeconômico da família.

Os resultados mostraram que os bebês de 14 meses das famílias abastadas usavam pelo menos 24 gestos diferentes para se expressar, enquanto que os filhos de famílias carentes utilizavam 13 gestos, em média.

Segundo os pesquisadores, as famílias com mais recursos financeiros teriam mais tempo para conversar com os filhos e nomear seus gestos, ensinando-lhes mais vocabulário.

"A gestualidade dos bebês pode desempenhar um papel indireto na aprendizagem das palavras, se a criança for estimulada pelos pais. Em resposta, por exemplo, a uma criança que mostra uma boneca, a mãe dirá 'sim, é uma boneca'", explicou Susan Goldin Meadow, co-autora do estudo.

Fonte: Folha Online

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O X da questão - Parte IV


Despertar para a leitura

Felizmente, nem tudo são trevas quando o assunto é o despertar da leitura no Brasil. Nos últimos anos, algumas ações capitaneadas pelo poder público, pela iniciativa privada e por entidades do terceiro setor -- ONGs, institutos ou associações sem fins lucrativos -- vêm ajudando a reverter essa situação. Entre elas, o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos implementado pelo governo federal, com a participação da sociedade civil, que tem como objetivo levar a leitura para o dia-a-dia do brasileiro. Também contribuem as badaladas feiras literárias espalhadas pelo Brasil, como a Flip (Festa Literária Internacional de Parati, no Rio de Janeiro), o Literato (Encontro Literário do Tocantins) e a Feira do Livro de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Elas atraem milhares de visitantes todos os anos e mobilizam a mídia em torno da importância do livro.

Para Marisa Lajolo, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, cada uma dessas iniciativas é extremamente importante. Contudo, é fundamental que as políticas de incentivo à leitura se descolem da mera organização de feiras ou da criação de bibliotecas e salas de leitura. O mais urgente, segundo ela, é investir em material humano, com a formação de mediadores de leitura, professores e bibliotecários capazes de semear o prazer da leitura por todo o país. “Mediadores são os instrumentos mais eficientes para fazer da leitura uma prática social mais difundida e aproveitada.”

À frente de uma verdadeira revolução silenciosa, que raramente vira notícia, projetos de incentivo à leitura como os que você conhecerá nas próximas páginas formam e multiplicam mediadores de leitura em todo o Brasil, muitas vezes atuando em regiões carentes e em localidades de difícil acesso. E mais: criam bibliotecas comunitárias, facilitam o acesso aos livros, promovem encontros com escritores... Enfim, transformam milhares de crianças, jovens e adultos em leitores -- sempre com muito prazer.

Fonte: Educar para Crescer

O X da questão - Parte III


Nó que ninguém desata

Se o cidadão mora numa cidade em que não há biblioteca pública, ou se a existente não conta com um acervo que satisfaça suas necessidades, uma alternativa é ir até a livraria mais próxima e comprar o livro que ele tanto quer ler. Aqui, no entanto, esbarramos em dois outros problemas, que também explicam a dificuldade que o Brasil enfrenta para formar novos leitores.

De acordo com diagnóstico do setor livreiro, divulgado pela Associação Nacional de Livrarias (ANL) no fim de 2007, o país conta com apenas 2 676 estabelecimentos dedicados à venda de livros. É pouco: uma livraria para cada grupo de aproximadamente 70,5 mil habitantes. Na vizinha Argentina, a relação é de uma para 50 mil pessoas. Para piorar, as livrarias estão concentradas nas regiões mais desenvolvidas, justamente aquelas que também são atendidas por um número maior de bibliotecas públicas. Mais de 50% das livrarias ficam na região Sudeste, sobretudo nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro -- juntos, eles reúnem 1 371 estabelecimentos. Em contrapartida, a ANL identificou apenas 524 livrarias em toda a região Nordeste (20% do total nacional), 132 na região Norte (5%) e 118 na região Centro-Oeste (4%). Roraima é o estado brasileiro com o menor número de estabelecimentos dedicados à venda de livros: apenas quatro, ou o equivalente a uma livraria para 164 mil habitantes. O quadro é ainda pior em Tocantins, onde a média é de 181 mil habitantes por estabelecimento.

Ter uma livraria na esquina de casa, porém, não quer dizer muita coisa, já que livros sempre foram artigos de luxo para a maioria da população brasileira. O preço médio do exemplar varia entre 25 e 30 reais -- ou seja, até 7% de um salário mínimo. Por falta de leitores, quase todos os títulos editados no Brasil têm baixa tiragem, o que empurra o preço do exemplar para cima. Se o livro é caro, as vendas não aumentam; se as vendas não aumentam, o preço continua elevado. E o resultado é um nó que, até agora, ninguém descobriu como desatar.

Fonte: Educar para Crescer

O X da questão - Parte II


Num país castigado pelo analfabetismo, projetos de incentivo à leitura são muito mais que bem-vindos: são fundamentais


Por que lemos tão pouco?

Segundo a Câmara Brasileira do Livro (CBL), cada brasileiro lê pouco mais de dois livros por ano. Na Inglaterra, estima-se que a média seja de 4,9; nos Estados Unidos, é de 5,1. Outro dado preocupante: por aqui, o tempo médio dedicado à leitura não passa de 5,5 horas por semana, enquanto na Índia -- um país em desenvolvimento cuja situação econômica é semelhante à do Brasil -- a média é quase o dobro, de dez horas semanais. Por que lemos tão pouco? Há várias respostas, a começar pelo desconcertante grau de analfabetismo funcional.

O último Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado no início de 2008 pelo Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, revela que apenas 28% dos brasileiros com idade entre 15 e 64 anos têm domínio pleno da leitura e da escrita -- ou seja, conseguem ler textos longos, localizar e relacionar mais de uma informação, comparar dados e identificar fontes. Entre os 72% restantes, as habilidades de leitura e escrita são rudimentares ou básicas, limitando-se à compreensão de títulos, frases e textos curtos.

Outro fator que ajuda a explicar os índices precários de leitura no Brasil: até o final de 2007, 380 municípios de todo o país -- cerca de 7% do total -- simplesmente não contavam com uma biblioteca pública sequer. A situação já foi bem pior: em 2003, eram 1 173 as cidades sem esse serviço. No entanto, construir bibliotecas Brasil afora e enchê-las de livros não significa resolver o problema. É preciso prepará-las para atingir seus objetivos, entre os quais destaca-se o de incentivar a leitura entre crianças, jovens e adultos. “Nos últimos 15 anos, passamos a encontrar livros em maior quantidade nas bibliotecas”, afirma Elizabeth Serra, secretária-geral da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). “O problema é que, no Brasil, a rede de bibliotecas públicas é muito frágil. O sistema não foi informatizado, não há espaços planejados para os pequenos, os livros são antigos e não há renovação anual do acervo.”

Fonte: Educar para Crescer

O X da questão - Parte I


Correr os olhos pelos livros dispostos numa prateleira, escolher um deles e dirigir-se à poltrona mais próxima, seja na biblioteca, na livraria ou na sala de casa. Melhor ainda: deixar-se escolher por uma obra literária. À medida que as páginas são viradas, o leitor se vê transportado para uma espécie de realidade paralela -- um mundo inteiramente novo, repleto de descobertas, encantamento e diversão.

Pouco importa se quem lê é criança, jovem ou adulto. Menos ainda se o que está sendo lido é poesia, romance ou um livro de auto-ajuda. O que realmente interessa é a cumplicidade entre o leitor e a obra, alicerçada no prazer que só a leitura é capaz de proporcionar.

Ler por prazer é o X da questão. Há quem leia, por exemplo, apenas para se informar, dedicando regulamente algumas horas de seu precioso tempo a jornais e revistas -- como você, caro leitor, está fazendo neste exato momento. Trata-se de um hábito mais que saudável, a ser preservado e disseminado, e de suma importância na chamada “sociedade da informação” em que vivemos. Mas ele não necessariamente irá transformar você num apaixonado pela palavra escrita. Da mesma forma, a leitura para estudar, parte da rotina nas salas de aula, tem suas funções pedagógicas, mas não faz despertar a paixão pela literatura. Quem descobre prazer numa obra literária nunca mais pára de ler. Quando chega ao fim de um livro, já está louco para abrir o próximo. E só tem a ganhar com isso.

O papel da escola é fundamental nesse processo. E quem melhor que o professor para despertar em seus alunos o prazer da leitura? São muitas as atividades que podem ser desenvolvidas em sala de aula com esse objetivo. “Promover um debate, por exemplo, para discutir cenas ou situações presentes num livro que acaba de ser lido pela turma é uma prática importante e muitas vezes esquecida”, afirma a educadora Maria José Nóbrega. O problema é que o profissional de educação nem sempre conta com os recursos necessários para concretizar essas atividades, ou simplesmente não sabe como implementá-las.

Quando a escola não cumpre esse papel, ganham relevância os inúmeros projetos de fomento à leitura espalhados pelo Brasil. Num país que ainda sofre com deficiências no ensino público e com o alto índice de analfabetos funcionais (aqueles que, embora tenham aprendido a decodificar a escrita, não desenvolveram a habilidade de interpretação de texto), qualquer iniciativa que vise a transformar brasileiros em leitores é extremamente bem-vinda.

Fonte: Educar para Crescer

Internet no dia-a-dia da Escola

Computadores estão cada vez mais incorporados na rotina das escolas, convidando os professores a repensar suas práticas.
Conheça experiências reais que vão dos primeiros passos até os vôos mais altos no mundo digital.

Há uma década, computador em escola brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seu uso praticamente se restringia a processar textos, e a internet ainda tinha gosto de novidade. Hoje, esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. Mais cedo ou mais tarde, contudo, eles estarão em toda a rede de ensino.

Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam, durante a maior parte do tempo, confinados a salas que só se abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.

Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, ainda que – claro – com propósitos recreativos. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, a maioria de usuários da rede no país é jovem. Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. “O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador”, diz Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O papel do professor, portanto, é dar um sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. “O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar”, diz Silvia Fichmann, daEscola do Futuro da Universidade de São Paulo. É possível, por exemplo, estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais. Ou criar páginas na internet para a garotada publicar seus textos.

Nesta reportagem, você vai conhecer experiências de inclusão digital nas escolas, em três estágios de complexidade. Identifique-se, inspire-se e inclua-se!


1) No nível inicial, alunos e professores exploram aos poucos os recursos das máquinas, por meio de jogos e produção de textos e desenhos, além de pesquisas em sites de busca.

2) No nível intermediário, usam-se ferramentas da internet para fazer programas de rádio ou comunicar-se com outras escolas.

3) No nível avançado, a turma constrói produtos com a ajuda de instrumentos como o kit para robótica ou o software para CDs multimídia.

1) Computador no estágio inicial

A EE Clóvis Beviláqua, na capital pernambucana, incorporou o uso de computadores ao trabalho didático assim que os recebeu. Lá, o professor de Educação Física Samuel Farias da Silva e seus alunos de 5a a 8a série utilizam os micros para jogar xadrez em sites especializados (existem vários, como o http://xadrezonline.uol.com.br). Os parceiros podem ser tanto o próprio computador como jovens conectados em outros lugares. Dessa forma, os estudantes ganham não só familiaridade com o mundo virtual, mas também com os meandros do próprio jogo, que exige muito raciocínio lógico.

O mesmo acontece com as atividades tradicionais de sala de aula. “As turmas têm interesse maior pelos conteúdos quando ganham a oportunidade de digitar seus trabalhos e fazer pesquisas em sites de busca”, afirma a coordenadora do laboratório, Fabiana do Nascimento Gomes.

Nessa fase de implantação do laboratório, Fabiana desempenha papel-chave, pois muitos professores não têm computador em casa nem sabem como trabalhar com ele. Nos próximos meses, ela quer promover um curso de capacitação para os colegas – embora eles já estejam avançando muito em seus conhecimentos. Em todas as atividades, quem opera as máquinas são os alunos, que também podem explorar novos recursos por conta própria durante os intervalos entre as aulas e no contraturno do período letivo.

Já na Escola Municipalizada Caetano de Oliveira, em Itacuruçá, alunos-monitores já são uma realidade no laboratório de informática. Um grupo de estudantes do Ensino Médio dá apoio aos professores e ajuda a orientar as crianças que estão sendo alfabetizadas a escrever as primeiras palavras no computador. “O contato com o teclado aumentou o interesse pela escrita”, diz a professora Thirley Reink, selecionada para atuar como formadora no projeto mantido por uma empresa de telecomunicações que promoveu a inclusão digital da escola. Assim, foram alcançados dois objetivos de uma vez: promover a inclusão social e digital e, de quebra, diminuir a evasão escolar entre os jovens que se tornaram monitores – todos moradores da Ilha da Marambaia, a mais de uma hora de barco da escola. Como só existe transporte de volta para casa no fim da tarde, esses alunos, que estudam de manhã, ficavam ociosos durante um bom tempo.

A chegada da tecnologia estimulou, ainda, alguns projetos. A professora de Artes Rogéria Medeiros elaborou um trabalho sobre pontilhismo com a 8a série, começando por uma pesquisa na internet sobre o francês Georges Seurat (1859-1891), principal representante desse movimento da pintura. Os alunos entenderam como se fazem e que efeito causam as pequenas manchas sobrepostas, características do pontilhismo, o que teve repercussão direta na etapa seguinte, quando eles produziram desenhos. “Antes, era difícil abordar temas e artistas de que os estudantes nunca ouviram falar”, diz Rogéria. “A internet permite essa aproximação.”

Na Matemática, o professor Richard Arroio dos Santos passou a buscar na rede joguinhos para desenvolver o raciocínio lógico, como a desafiante Torre de Hanói, que pode ser encontrada em diversos sites (basta dar uma busca). “No computador não dá para trapacear, por isso o desafio é maior”, brinca o professor.

2) Computador no estágio intermediário

Em Cataguases, na Zona da Mata mineira, a estudante Lorena Narciso de Oliveira, 9 anos, da 4a série da EE Guido Marlière, descreve o bairro onde vive e o compara com o de amiguinhos virtuais de Charneca de Caparica e Vila do Conde (ambas em Portugal), Fortaleza, Marabá (PA) e de Joinville (SC), onde foi desenvolvido o projeto O Lugar Onde Moro, uma iniciativa do CAIC Prof. Mariano Costa voltado para 3as e 4as séries. As conversas animadas acontecem entre alunos de escolas em que computadores não constituem novidade e que já desenvolvem projetos interativos, trabalhando diretamente com publicação e edição de textos e imagens (fotos, desenhos e animações).

A garotada se sente estimulada a pesquisar, ler e escrever melhor com o bate-papo e uma farta produção de textos publicados em blogs – ferramenta do mundo virtual que permite aos usuários colocar conteúdo na rede e interagir com outros internautas, enriquecendo os relatos com links, fotos, ilustrações e sons.

Só há ganho em aprendizado se os professores desempenharem seu papel de mediadores, isto é, acompanhando e sugerindo atividades, ajudando a solucionar dúvidas e incentivando a busca de novos conhecimentos. É o que afirma Gládis Leal dos Santos, professora de Língua Portuguesa que coordena o laboratório de informática do Mariano Costa. Ela é autora dos projetos que formaram a rede de escolas interligadas. “Quando os alunos vêem que estão escrevendo para outros colegas lerem, e não só para o professor avaliar, preocupam-se mais com a qualidade e a precisão do texto”, afirma.

Para elaborar essas experiências de escrita colaborativa, Gládis utiliza recursos gratuitos disponíveis na intenet. O projeto O Lugar Onde Moro é realizado com o auxílio do Writely, editor de texto com recursos de formatação, além de inserção de imagens e tabelas.

Já no blog Palavra Aberta (palavraaberta.blogspot.com), grupos do Ensino Fundamental e do Médio comentam vídeos, animações e reportagens que Gládis seleciona. Um dos debates foi em torno de uma charge animada. Nela, pessoas passam por uma rua indiferentes à visão de uma família miserável e, mais adiante, param para ver um jogo de futebol nas TVs de uma vitrine. “Existem pessoas que dão importância ao futebol, mas não aos pobres”, comentaram no blog as estudantes Camila Jaini Schmidt e Morgana Floriano, ambas de 12 anos e cursando a 6a série.

Professora de Língua Portuguesa do Mariano Costa, Fabrícia Ricobom transportou a idéia do Palavra Aberta para trabalhar com classes de outra escola em Joinville, a EM Avelino Marcante, e montou o blog Mergulhando nas Palavras (mergulhandonaspalavras.zip.net), com as turmas de 5a, 6a e 7a séries. “O blog é um ótimo complemento para as aulas”, atesta Fabrícia. “Os alunos percebem a função social da escrita e entendem que escrever é comunicar.”

Outro instrumento utilizado na escola é o wiki (palavra que vem da língua nativa do Havaí e significa rápido). É um modelo de programação de site que permite a atualização do conteúdo por qualquer usuário, sem necessidade de registro prévio, e possibilita a escrita colaborativa livre. O conteúdo não passa por revisão.

Na escola de Joinville, ele foi de grande utilidade na criação de roteiros de programas de rádio. Aí entrou outra ferramenta, o podcast, arquivo de áudio no qual se grava uma emissão radiofônica para ficar disponível na internet – basta ter no computador um software adequado (o iPodder é um dos mais conhecidos). Os programinhas da rádio da Mariano Costa são curtos. Duplas se responsabilizam por buscar informações, fazer entrevistas, escrever reportagens, gravar e editar o material (usando o programa gratuito Audacity). Todo esse trabalho começou com discussões sobre o papel dos meios de comunicação.

Há uma década, computador em escola brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seu uso praticamente se restringia a processar textos, e a internet ainda tinha gosto de novidade. Hoje, esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. Mais cedo ou mais tarde, contudo, eles estarão em toda a rede de ensino.

Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam, durante a maior parte do tempo, confinados a salas que só se abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.

Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, ainda que – claro – com propósitos recreativos. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, a maioria de usuários da rede no país é jovem. Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. “O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador”, diz Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O papel do professor, portanto, é dar um sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. “O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar”, diz Silvia Fichmann, daEscola do Futuro da Universidade de São Paulo. É possível, por exemplo, estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais. Ou criar páginas na internet para a garotada publicar seus textos.

Nesta reportagem, você vai conhecer experiências de inclusão digital nas escolas, em três estágios de complexidade. Identifique-se, inspire-se e inclua-se!

3) Computador no estágio avançado

Amanda Alves dos Santos, Juliana Porto Sampaio da Silva e Davi José de Miranda, de 10 anos, e Danilo Pereira dos Santos, 11, revezam-se no computador na EMEB Padre Fiorente Elena, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. O objetivo deles é dar movimentos a um minirrobô. Isso é feito por comandos que eles mesmos programaram. Parece cena do dia-a-dia de uma indústria de alta tecnologia, mas quem está realizando essa tarefa de gente grande é uma turma de 4a série. É um caso de uso da informática na Educação em estágio avançado.

O trabalho com robótica é baseado na utilização de um aplicativo de computador para programar um brinquedo montado com pecinhas do brinquedo Lego. O que transforma o modelo em robô é o bloco programável, componente interno que funciona como cérebro.

Atividades como essas fazem parte do cotidiano das escolas do município, e a Fiorente Elena é uma das que mais têm avançado. Ela já se destacou, entre outras ocasiões, num concurso nacional promovido por uma empresa que produz equipamentos educativos, criando, com as ferramentas de robótica, o protótipo de um balanço para cadeiras de rodas – que virou realidade e hoje está no parquinho, entre os demais brinquedos.

Além do favorecimento pela política que incentiva as escolas locais a utilizar tecnlogia, outro fator decisivo é a sincronia entre o laboratório de informática e os professores. Eles se reúnem com a coordenadora do laboratório, Luciana Henrique Consentino para discutir as aplicações de tecnologia ao projeto pedagógico da escola. Há também períodos reservados à formação digital dos professores.

Nessa lógica de trabalho, deixar a meninada produzir robôs, por si só, não basta. Luciana explica que os temas transversais que serão trabalhados durante o ano e são associados à construção dos robôs. O balanço para cadeira de rodas foi um desdobramento de uma pesquisa entre estudantes com deficiência física: descobriu-se que o grande sonho de um deles era experimentar o brinquedo do parquinho.

A mesma reflexão ocorre na etapa anterior à produção dos filminhos de animação. No ano passado, Luciana Serafim, professora da 3a série, quis estimular a leitura e o trabalho em equipe com um projeto em torno de contos de terror. Durante as aulas, a garotada leu livros do gênero e partiu para a criação coletiva do roteiro A Beleza e o Horror. No laboratório, Luciana Consentino transformou o roteiro, com a ajuda dos alunos, numa animação com bonecos. Mais de 3 mil fotos dos personagens foram tiradas e, com o auxílio do programa Movie Maker, ganharam movimento no computador. Também foi feito, com ajuda do programa Visual Class, um CD multimídia com toda a produção de animação da escola e um passo a passo sobre o assunto.

Além desses grandes projetos, cada classe trabalha com os próprios. As 3as, por exemplo, trabalham no webquest Conquistadores do Espaço para aprender sobre Astronomia e Astronáutica. O webquest é um recurso que consiste na construção, pelos próprios professores, de sites sobre temas específicos, com indicação de tarefas e endereços de pesquisa.

Luciana Serafim diz que ainda não sabe mexer com todos os programas e dispositivos que envolvem robótica e animação, mas aprendeu muito acompanhando as classes no laboratório. “É empolgante ver que eles estão conseguindo fazer tantas coisas interessantes e ser parte desse processo”, afirma a professora. Segundo ela, conhecer os recursos de informática ajuda a planejar as aulas. “Mas são só ferramentas, que não têm utilidade se a escola não associá-las a um projeto de ensino maior.”

Há uma década, computador em escola brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seu uso praticamente se restringia a processar textos, e a internet ainda tinha gosto de novidade. Hoje, esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. Mais cedo ou mais tarde, contudo, eles estarão em toda a rede de ensino.

Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam, durante a maior parte do tempo, confinados a salas que só se abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.

Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, ainda que – claro – com propósitos recreativos. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, a maioria de usuários da rede no país é jovem. Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. “O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador”, diz Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O papel do professor, portanto, é dar um sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. “O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar”, diz Silvia Fichmann, daEscola do Futuro da Universidade de São Paulo. É possível, por exemplo, estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais. Ou criar páginas na internet para a garotada publicar seus textos.

Nesta reportagem, você vai conhecer experiências de inclusão digital nas escolas, em três estágios de complexidade. Identifique-se, inspire-se e inclua-se!

Fonte: Educar para Crescer

Conheça Regras de Acentuação do Novo Acordo Ortográfico


Da acentuação gráfica das palavras oxítonas

1º-) Acentuam-se com acento agudo:

As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafas -a, -e ou -o, seguidas ou não de -s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); avó(s), dominó(s), paletó(s), só(s).

Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tónico/tônico, geralmente provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê.

O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro.

b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada -a, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), á-la(s) (de ar-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-ás (de far-lo(s)-ás), habitá-la(s) iam (de habitar-la(s)- iam), trá-la(s)-á (de trar-la(s)-á);

c) As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado em (exceto as formas da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos de ter e vir: retêm, sustêm; advêm, provêm; etc.) ou -ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também;

d) As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados -éi, -éu ou -ói, podendo estes dois últimos ser seguidos ou não de -s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de corroer), herói(s), remói (de remoer), sóis.

2º-) Acentuam-se com acento circunflexo:

a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam -e ou -o, seguidas ou não de -s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr), robô(s);

b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos -lo(s) ou la(s), ficam a terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam -e ou -o, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: detê-lo(s) (de deter-lo(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)).

3º-) Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da preposição por.

Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas

1º-) As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente, moçambicano.

2º-) Recebem, no entanto, acento agudo:

a) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -ps, assim como, salvo raras exceções, as respectivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis) dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis) réptil (pl. répteis: var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúmen (pl. lúmenes ou lumens); açúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres), caráter ou carácter (mas pl. carateres ou caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ajax, córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices), índex (pl. índex; var. índice, pl. índices), tórax (pl. tórax ou tóraxes; var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps (pl. fórceps; var. fórcipe, pl. fórcipes).

Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fémur e fêmur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ônix.

b) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -ã(s), -ão(s), -ei(s), -i(s), -um, -uns ou -us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órfão (pl. órfãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóquei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de fóssil), amáreis (de amar), amáveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); beribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), iris (sg. e pl.), júri (pl. júris), oásis (sg. e pl.); álbum (pl. álbuns), fórum (pl. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.).

Obs.: Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/ tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus e Vênus.

3º) Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias etc. (do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina.

4º-) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas variantes do português.

5º-) Recebem acento circunflexo:

a) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as respectivas formas do plural, algumas das quais se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var. cânone, (pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer, Tânger; bômbax (sg. e pl.), bômbix, var. bômbice, (pl. bômbices).

b) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -ão(s), -eis, -i(s) ou -us: benção(s), côvão(s), Estêvão, zángão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de escrever), fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus.

c) As formas verbais têm e vêm, 3 a-s pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são foneticamente paroxítonas (respectivamente / t ã j ã j /, / v ã j ã j / ou / t j /, / v j / ou ainda / t j j /, / v j j /; cf. as antigas grafias preteridas, têem, vêem), a fim de se distinguirem de tem e vem, 3a -s pessoas do singular do presente do indicativo ou 2 a-s pessoas do singular do imperativo; e também as correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detém), entretêm (cf. entretém), intervêm (cf. inter- vém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém).

Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detêem, intervêem, mantêem, provêem etc.

6º-) Assinalam-se com acento circunflexo:

a) Obrigatoriamente, pôde (3ª- pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), que se distingue da correspondente forma do presente do indicativo (pode).

b) Facultativamente, dêmos (1ª- pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta de forma (substantivo: 3ª- pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ª- pessoa do singular do imperativo do verbo formar).

7º-) Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem.

8º-) Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tônica fechada com a grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de povoar, voo, substantivo e flexão de voar etc.

9º-) Prescinde-se, do acento agudo e do circunflexo para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc.

10º-) Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo e acerto (é), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é), flexão de cercar; coro (ô), substantivo, e coro (ó), flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e substantivo; piloto (ô), substantivo e piloto (ó), flexão de pilotar; etc.

Da acentuação das palavras proparoxítonas

1º-) Levam acento agudo:

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último;

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo.

2º-) Levam acento circunflexo:

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com a vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego;

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba tónica/tônica, e terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes: amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio.

3º-) Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico/acadêmico, anatómico/ anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, Antó- nio/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/ gênio, ténue/tênue.

Fonte: Folha Online


 
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